O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) alerta sobre os riscos e a ineficácia do veneno agrícola conhecido popularmente como ‘chumbinho’. Apesar de sua alta toxicidade aguda, que leva à morte rápida dos roedores após a ingestão, essa aparente eficiência pode induzir os consumidores a uma falsa sensação de controle sobre a infestação.
As colônias de ratos possuem uma estrutura social complexa. Normalmente, os roedores mais velhos ou doentes são os primeiros a testar qualquer novo “alimento” encontrado. Ao consumirem o chumbinho e morrerem rapidamente, os outros ratos percebem o perigo iminente e evitam o local. Isso resulta em uma simples redistribuição dos roedores, deslocando o problema para áreas vizinhas e perpetuando a infestação na região.
Por outro lado, os raticidas legais registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conhecidos como cumarínicos, apresentam um mecanismo de ação diferente. Esses venenos atuam como anticoagulantes, causando a morte dos roedores de forma mais lenta e gradual. Esse processo não desperta a desconfiança dos outros membros da colônia, permitindo que todos os ratos consumam o veneno ao longo do tempo.
Embora o uso dos raticidas cumarínicos exija mais paciência e disciplina do usuário, a eficácia é significativamente maior. O controle eficiente da população de roedores é alcançado de maneira mais completa, proporcionando uma solução duradoura e sustentável para a infestação. A utilização responsável e consciente desses produtos, respeitando as orientações dos fabricantes e autoridades sanitárias, é fundamental para garantir a segurança humana e ambiental, além de promover um controle eficaz dos roedores.
O CRMV-RJ reforça que o uso do ‘chumbinho’ é ilegal e perigoso, não apenas para os animais, mas também para a saúde humana e o meio ambiente. Recomendamos fortemente que os consumidores optem por métodos de controle de roedores que sejam regulamentados e seguros. Para orientações adicionais, consulte um profissional habilitado ou entre em contato com as autoridades competentes.
Fonte: CRMV-RJ, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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