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Pets e Curiosidades

Cuidado geriátrico para cães e gatos: como prolongar a vida dos nossos companheiros?

Por Alan Mora, sócio-fundador da VFP, rede de hospitais veterinários de alta complexidade
Por Hospital Veterinário VFP
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Por Hospital Veterinário VFP

Se você tem um cão ou gato que já passou dos sete anos de idade, saiba que ele entrou oficialmente na fase geriátrica. Sim, nossos fiéis companheiros envelhecem mais rápido do que gostaríamos. Mas aqui vai uma excelente notícia: com os cuidados certos, é possível garantir a eles uma vida mais longa, saudável e cheia de dignidade.

As rações senior são formuladas para atender às necessidades específicas dessa fase da vida, com menos calorias, maior teor de fibras e nutrientes (Foto: reprodução)

Na VFP, rede de hospitais veterinários de alta complexidade, acompanhamos diariamente pets idosos que continuam cheios de vida — graças a um conjunto de cuidados que vão da alimentação à medicina preventiva. Este artigo é um convite ao carinho responsável: um guia prático para quem quer cuidar com excelência dos seus companheiros de quatro patas na terceira idade.

1. Alimentação sob medida: menos caloria, mais cuidado

Com o avanço da idade, o metabolismo dos pets desacelera. Eles se movimentam menos, queimam menos energia e, muitas vezes, desenvolvem intolerâncias alimentares ou dificuldades digestivas. Por isso, a alimentação precisa ser repensada.

As rações senior são formuladas para atender às necessidades específicas dessa fase da vida, com menos calorias, maior teor de fibras e nutrientes como ômega 3, condroitina e glucosamina, que auxiliam na saúde articular, cardíaca e cognitiva. Também é importante manter a hidratação — especialmente para gatos, que tendem a beber pouca água.

Evite ao máximo os petiscos industrializados ou restos de comida humana, que sobrecarregam o organismo e podem acelerar processos inflamatórios ou doenças crônicas.

2. Check-ups regulares: o segredo está na prevenção

A frequência de idas ao veterinário deve aumentar conforme o pet envelhece. Check-ups semestrais são altamente recomendados para animais geriátricos, mesmo quando eles aparentam estar saudáveis.

Exames laboratoriais, de imagem (como ultrassom abdominal e ecocardiograma), e avaliações clínicas completas ajudam a identificar precocemente condições como:

  • Doença renal crônica (DRC)
  • Doenças cardíacas (como endocardiose mitral)
  • Problemas hepáticos
  • Hipotireoidismo ou hipertireoidismo
  • Diabetes mellitus
  • Síndrome da disfunção cognitiva (semelhante ao Alzheimer em humanos)

Diagnóstico precoce significa tratamento mais eficaz, menor sofrimento e mais qualidade de vida.

3. Saúde bucal: a grande negligenciada

A higienização bucal diária e limpezas periódicas no consultório são medidas preventivas simples que fazem uma enorme diferença na saúde geral (Foto: reprodução)

Pouca gente sabe, mas problemas dentários são uma das principais causas de complicações em pets idosos. O acúmulo de tártaro e infecções na gengiva pode gerar dor crônica, dificuldade de alimentação e até levar bactérias à corrente sanguínea, afetando rins e coração.

A higienização bucal diária (com escovas e cremes específicos para pets) e limpezas periódicas no consultório são medidas preventivas simples que fazem uma enorme diferença na saúde geral.

4. Estímulo mental e físico: corpo ativo, mente afiada

Mesmo com menor disposição, os pets idosos precisam se manter ativos — na medida do possível. Caminhadas leves, brinquedos interativos e estímulos mentais ajudam a retardar a degeneração cognitiva e manter o pet mais feliz e engajado.

No caso dos gatos, arranhadores, prateleiras de fácil acesso e brinquedos com catnip são grandes aliados. Para cães, brinquedos que escondem petiscos, passeios curtos e sessões de carinho com comandos simples são excelentes opções.

5. Adaptação do ambiente: mais segurança, mais conforto

Com a idade, cães e gatos tendem a perder visão, audição e agilidade. Isso exige mudanças no ambiente doméstico:

Tutor precisa estar presente, respeitar o ritmo deles e oferecer carinho na medida certa (Foto: reprodução)
  • Tapetes antiderrapantes para evitar escorregões
  • Camas ortopédicas e de fácil acesso
  • Escadas ou rampas para subir em sofás e camas
  • Vasilhas elevadas para facilitar o acesso à comida e água
  • Caixas de areia com entrada baixa (para gatos com mobilidade reduzida)

Essas adaptações simples reduzem o risco de acidentes e aumentam significativamente o conforto do pet.

6. Presença, paciência e afeto

Talvez esse seja o cuidado mais importante de todos. Na velhice, nossos animais se tornam mais dependentes, mais sensíveis — e também mais gratos. Eles podem dormir mais, interagir menos, até parecerem “menos eles mesmos”. Mas continuam sentindo tudo: carinho, insegurança, solidão, amor.

Estar presente, respeitar o ritmo deles, oferecer carinho na medida certa e manter a rotina previsível são formas poderosas de retribuir toda a lealdade e amor que eles nos deram ao longo dos anos.

FAQ

Quais os principais cuidados que os tutores devem ter com pets idosos?
Pets a partir dos sete anos entram na fase geriátrica e precisam de atenção especial. Alimentação com rações específicas, check-ups semestrais, estímulo físico e mental, adaptação do ambiente e cuidados com a saúde bucal são fundamentais.

Por que a alimentação deve mudar conforme o pet envelhece?
Com o envelhecimento, o metabolismo desacelera e surgem limitações digestivas e articulares. Rações senior têm menos calorias e nutrientes específicos como ômega 3, condroitina e glucosamina, que ajudam a preservar a saúde dos órgãos e articulações.

Como os tutores podem adaptar a casa para melhorar a vida do pet idoso?
Algumas mudanças simples no ambiente doméstico fazem grande diferença: instalar tapetes antiderrapantes, oferecer camas ortopédicas, usar rampas ou escadas de acesso e vasilhas elevadas. Para gatos, caixas de areia com entrada mais baixa ajudam pets com mobilidade reduzida.

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