A atuação de cães farejadores em resgates e até para detecção de drogas pode ser deixada de lado no futuro. Isso porque um estudo realizado na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, utilizou genes de camundongos para criar um protótipo de nariz-robô.
O estudo foi dirigido pelo professor de genética molecular e microbiologia da Duke School of Medicine, Hiroaki Matsunami. A criação ainda não é considerada tão eficaz quanto um cão farejador treinado, mas já indica um caminho a ser seguido.
Para o desenvolvimento foram utilizados 80% dos receptores olfativos dos camundongos somados a produtos químicos, chegando à combinação que melhor identificou diversos tipos de entorpecentes e explosivos. O autor alega que esses animais foram usados pela capacidade de identificar odores, mesmo que não seja comum utilizá-los para esse fim.
As enzimas do muco nasal dos animais também foram testadas para analisar as reações do nariz artificial. “A ideia é que, usando receptores genéticos, possamos desenvolver um dispositivo robótico correspondente ao sistema de olfato dos ratos”, pontua Hiroaki.
O autor também afirma que o protótipo, ainda, não é tão eficaz quanto cães farejadores, mas a possibilidade de usar máquinas para a função pode anular problemas como cansaço, gastos de manutenção e treinamento, além de garantir que as buscas cheguem em lugares inóspitos quando necessário.
Fonte: TechTudo, adaptado pela equipe Cães&Gatos.