A tecnologia não está somente na internet, robôs, inteligência artificial e outros. Na rotina do médico-veterinário, seus pacientes e tutores, evoluções importantes transformam a relação entre eles e promovem maior bem-estar aos animais.
Entender a nutrição adequada, os avanços na prevenção e cura de doenças sérias, assim como a conscientização dos tutores quanto aos cuidados sanitários adequados aos animais, colaboram ativamente para a longevidade dos pets.
As manifestações de envelhecimento, físicas ou comportamentais, diferem de indivíduo para indivíduo, e a velocidade deste processo também é influenciada por fatores ambientais e nutricionais, além da genética.
Mas, assim como os humanos, o aumento dos anos vividos pelos animais traz, como consequência, as enfermidades características do processo de envelhecimento, que podem ser progressivas, degenerativas ou crônicas, e decorrem por razão da redução da função dos órgãos e tecidos. Em muitos destes casos, a dor acaba sendo um sintoma recorrente e que merece sua devida atenção.
O investimento em pesquisa e desenvolvimento das empresas de saúde animal é algo contínuo e que acontece em grande escala, buscando novas soluções para incorporar em seus produtos, com os objetivos de atingir maior eficiência e proporcionar os melhores resultados para o paciente.
“Neste processo, o bem-estar animal e o ambiente que o cerca são colocados em evidência e balizam muitas decisões”, conta a médica-veterinária e gerente de Produtos da Avert Saúde Animal, Tais Motta Fernandes.
Como exemplo, a médica-veterinária cita que em uma casa cujo tutor passa boa parte do dia ausente é comum que medicações que demandem administrações em intervalos curtos sofram atrasos que possam interferir no resultado do tratamento. Outro ponto que fica em relevância, de acordo com Tais, é a dificuldade na administração de medicações diversas de uma só vez.
Na clínica de pequenos animais, a dupla Dipirona e Tramadol é protagonista dos receituários veterinários para o controle eficiente da dor aguda, mas o tratamento eficaz com estes dois fármacos demanda uma logística de administração pouco prática e um tanto confusa para os tutores, ocasionando eventuais estresses em humanos e animais.
Para sanar este problema, anos de pesquisas e testes foram dedicados pela indústria com o objetivo de transformar o tratamento da dor aguda nos cães em algo prático para os pets e tutores, com redução de estresse e uma maior adesão e completude do tratamento, reduzindo as falhas de administração.
“Ter os dois princípios ativos mais receitados pelos médicos-veterinários em uma só medicação é um avanço biotecnológico que merece ser celebrado pelos profissionais da área, além de ser um passo primordial para o clínico que preza pelo bem-estar de seu paciente e do tutor”, reforça a profissional.
A evolução da indústria farmacêutica veterinária tem sido contínua, com o desenvolvimento de medicações cada vez mais palatáveis, apresentações que favorecem a interação física entre tutor e pet, além de tratamentos e prevenção cada vez mais robustos que favorecem o bem-estar animal e a longevidade dos peludos.
“Ao pensar em tecnologia na rotina do médico-veterinário, precisamos nos desligar das tecnologias mais populares que nos acompanham no dia a dia e olhar além, visionando tudo o que a indústria ainda tem para nos oferecer e como podemos atuar de forma positiva na qualidade de vida dos nossos pacientes e no relacionamento dele com seus tutores”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos.
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