A Polícia Civil indiciou um homem que se passava por médico veterinário em Macapá, município do Amapá. Ele, que não foi identificado, usava linha de pesca para costurar animais em cirurgias clandestinas.
Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Lívia Pontes, a maioria das operações era de castração, e o falso profissional ia à casa das vítimas para realizar os procedimentos.
À polícia, uma testemunha relatou que o homem utilizou linha de pesca para costurar um de seus gatos. “Um de seus animais foi operado pelo falso veterinário e veio a ter complicações após a cirurgia, motivo pelo qual optou por buscar uma clínica veterinária, uma vez que não confiava mais nos serviços dele, o qual utilizou linha de pesca para costurar o felino”, detalhou a delegada.
Outra testemunha também contou à Polícia Civil que, após sua cadela apresentar um sangramento, o indiciado fez uma avaliação superficial e teria decidido por retirar o útero do bicho de estimação. “Como o quadro de saúde da cadela evoluiu, a testemunha buscou o auxílio de outro profissional, momento em que descobriu que o indiciado sequer era veterinário”, disse Pontes.
O homem assumiu parcialmente a autoria dos atos à Polícia Civil. Ele disse que é auxiliar veterinário e que, eventualmente, faz procedimentos cirúrgicos, mesmo que não tenha habilitação técnica para isso.
A pena para maus tratos aos animais é de 2 a 5 anos de reclusão, além do pagamento de multa de 1 a 40 salários mínimos.
Fonte: G1, adaptado pela equipe Cães&Gatos.
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