Você já ouviu falar em fevereiro laranja? O segundo mês do ano é dedicado à campanha de conscientização sobre a leucemia. A doença que acomete humanos, também pode ser motivo de preocupação para alguns tutores de pets.
A leucemia é um tipo de câncer que atinge a medula óssea. A manifestação da doença ocasiona a proliferação descontrolada das células e, consequentemente, debilita todo o funcionamento do organismo. Mesmo a enfermidade sendo conhecida entre os humanos, em cães e gatos, não há cura.
A médica-veterinária, oncologista do grupo de serviços veterinários, Vet Popular, Tatiane Marisis, explica que nos animais de companhia existem variações da manifestação da doença, algumas são mais agressivas, outras menos e através do tratamento, é possível garantir uma vida longa aos animais.
“Embora outras patologias também manifestam sinais como sangramentos nasais, urinários ou nas fezes, é importante ficar alerta, pois podem ser indícios da presença da leucemia”, relata Tatiane.
Ainda de acordo com a médica-veterinária, outros sinais como hemorragias pelo corpo, anemia, crescimento do fígado e barriga d’água, também são manifestações de um possível diagnóstico. “Para detectar de fato, é necessário fazer um hemograma completo e um mielograma, que examina a medula óssea, comprovando a presença da doença, só assim é possível iniciar o tratamento adequado”, enfatiza.
Vale ressaltar que, assim como nos humanos, os animais também realizam tratamentos diferentes, mas o método ainda mais usado é o quimioterápico.

Segundo a veterinária, cães e gatos podem ter a doença, porém a leucemia acomete muito mais os felinos por conta das mutações genéticas causadas por outros vírus, como o da Imunodeficiência felina ou Aids felina (FIV) e da leucemia felina (FELV), que geram a multiplicação anormal das células ocasionando o crescimento de tumores e a leucemia.
Tanto FIV quanto FELV, são enfermidades que podem ser disseminadas entre os gatos, mas não são transmitidas de animal para humano. Ambas possuem vacinas para proteger o felino.
Tatiane reforça a necessidade de fazer visitas regulares ao médico-veterinário, de maneira que se houver algum problema, a doença pode ser tratada no estágio inicial. “Mesmo com todas as complicações da doença, é possível proporcionar uma vida saudável, para isso, é fundamental que o tutor faça um acompanhamento periódico, além de manter sempre em dia todos os exames. Não há uma prevenção eficaz, já que a doença é silenciosa, mas é possível detectar ainda na fase inicial, preservando o animal de possíveis sofrimentos, por isso, o acompanhamento médico de rotina é fundamental”, conclui,
Fonte: A.I, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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