Sthefany Lara, de São Paulo (SP) | sthefany@ciasullieditores.com.br
Natalia Ponse, da redação | natalia@ciasullieditores.com.br
“Esta feira é uma grande oportunidade para nós, pois é onde estão os profissionais que reconhecem nossa marca no mercado e a prescrevem”. Essa é a definição da gerente de marketing da Adimax, fabricante da Fórmula Natural, Caroline Fidêncio, sobre a PET VET, feira realizada em São Paulo (SP) entre os dias 16 e 18 de agosto.
E, para orientar os médicos-veterinários sobre as atualidades e os desafios encontrados hoje em dia, a companhia realizou uma série de palestras com entrada gratuita. Uma delas, ministrada pela médica-veterinária prof. Dra. Marcia Gomes, abordou uma visão geral sobre a obesidade em cães e os pontos de maior dificuldade para se obter sucesso na perda de peso dos pets.
A alta prevalência dos casos, conta a profissional, requer uma melhora na efetividade do tratamento. “Só vemos os casos crescerem e, de acordo com estudos da área, não há evidências de que os casos vão estacionar ou diminuir nas próximas décadas”, diz e destaca: “É preciso entender que o processo de perda de peso é longo e que é necessário o suporte veterinário para aumentar a taxa de sucesso, trabalhando também na prevenção, quando já identificado o sobrepeso”.
Na mesma linha de raciocínio, o médico-veterinário prof. Dr. Fabio Alves Teixeira ministrou um conteúdo sobre casos atuais de deficiências nutricionais. “Alguns tutores erram na hora de alimentar o seu pet, principalmente com relação à quantidade, e também sobre o tipo de alimentação fornecida – e, por isso, vemos os casos de obesidade crescerem”, pontua.
Ainda de acordo com ele, é importante falar sobre o assunto e evidenciar a relevância de uma boa avaliação nutricional, identificando se o animal está tendo os nutrientes necessários: “Existem tutores que, por oferecer uma alimentação que eles acreditam ser mais saudável, acabam causando bastante prejuízo para a vida dos cães e gatos”.
Seguindo a linha nutricional, a médica-veterinária PhD Dra. Stephanie Theodoro abordou o uso de orexígenos. “Eles são uma boa opção, mas, devem ser a última escolha. Antes, é preciso fazer uma boa anamnese, conhecer a realidade daquele animal e utilizar sondas, se necessário”, diz e complementa: “Quando não for possível, utilizar os estimulantes de apetite é uma saída; mas eles nunca devem ser utilizados como primeira escolha – somente quando houver necessidade, e por um curto espaço de tempo”.
Stephanie Theodoro e Márcia Gomes falaram, respectivamente, sobre orexígenos e obesidade (Foto: Cães e Gatos)
Como o clínico, muitas vezes, não estuda a fundo a nutrição durante a sua graduação, o tema, na visão da profissional, é bem-vindo: “Dessa forma, conseguimos orientar, informar e ensinar a ele como e quando agir em casos de desnutrição ou de animais que não possuem o suporte alimentar adequado”.
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