Nos últimos meses a gripe aviária tem se alastrado por alguns estados do Brasil e agora chegou a Goiás, Mato Grosso e São Paulo.
Na última sexta-feira (13), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou a presença do vírus em uma criação de galinhas domésticas no município de Santo Antônio da Barra. O surto aconteceu em uma criação de aves de subsistência, levando cerca de 100 galinhas a óbito. Dentre os sintomas apresentados por elas estavam asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e edema facial.
Na semana passada o Ministério da Agricultura já havia confirmado um caso no estado do Mato Grosso e a suspeita de Goiás foi notificada à Agrodefesa na segunda-feira, 9. A análise das aves acometidas foi realizada pelo laboratório federal de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Já em São Paulo, o primeiro caso de 2025 foi confirmado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo em uma marreca-caneleira, ave silvestre localizada na região central de Diadema.
Segundo a Secretaria de Agricultura, trata-se de um caso isolado em ave silvestre migratória, sem qualquer relação com granjas comerciais ou produção de alimentos. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), que fez o exame e colheita de amostras da ave, afirmou que ela foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava como sinais clínicos dificuldade de voar, letargia e alterações respiratórias e neurológicas.
O que está sendo feito agora
Para controlar o surto após a confirmação, o estado de Goiás adotou algumas medidas rigorosas. Foi estabelecida uma área de vigilância com um raio de dez quilômetros ao redor do foco, reforçando barreiras sanitárias e suspendendo temporariamente feiras e exposições com aves vivas na região afetada.
A desinfecção completa do local do foco também foi realizada, seguindo o protocolo de segurança adotado em Campinápolis (MT).
Com relação ao caso de São Paulo, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) afirmou que não há estabelecimentos avícolas comerciais no raio de 10 quilômetros da ocorrência do foco. Serão realizadas ações de vigilância na área para identificar a possível ocorrência de mortandade em aves ou a existência de sintomatologia compatível com a doença. Os moradores locais serão instruídos para identificar eventuais sinais da gripe.
É seguro consumir carne de aves e ovos?
Por mais que o vírus tenha gerado alarmes locais, o Ministério da Agricultura tranquilizou a população, afirmando que a ocorrência não implica em restrições ao comércio internacional de produtos avícolas do Brasil e que o consumo de carne de frango e ovos não oferece riscos à saúde humana.
Além disso, a gripe aviária não é transmitida para os seres humanos pelo consumo de carne ou ovos de aves, desde que estes sejam devidamente cozidos.
Em suma, o consumo de carne de frango e ovos deve seguir as normas de segurança alimentar, como garantir que a carne esteja bem cozida, não só para prevenir a gripe aviária, mas também outras doenças. A vigilância e as medidas de contenção adotadas visam evitar a disseminação do vírus entre as aves e garantir a segurança dos consumidores.
Fonte: Exame e Uol, adaptado pel equipe Cães e Gatos.
FAQ
A gripe aviária pode ser transmitida para seres humanos?
A transmissão de gripe aviária para seres humanos é rara, mas pode acontecer. Para evitá-la é fundamental apenas consumir carnes de aves bem cozidas, pois o vírus não resiste a altas temperaturas.
Quando começaram os casos de gripe aviária no Brasil?
Por mais que o tema gripe aviária esteja em alta nesse ano, o primeiro caso da doença no Brasil foi confirmado em 2023 em aves silvestres. Contudo, a primeira confirmação em uma granja comercial aconteceu em 2025 no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Quantos casos de gripe aviária já foram confirmados no Brasil?
Desde 2022 o Ministério da Agricultura já investigou aproximadamente 4 mil suspeitos dessa doença. No entanto, apenas cerca de 5% foram confirmados.
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