Os hemocentros convivem diariamente com a falta de sangue. Infelizmente, esta realidade não é exclusiva dos seres humanos. A maioria das pessoas não se dá conta de que existe também hemocentros para cachorros e gatos, como o Hemoser, em São José de Rio Preto (SP).
“Precisamos muito de doadores, pois a demanda é muito grande. Infelizmente, como grande parte da população não sabe da existência do hemocentro, o número de doadores é muito pequeno, sobretudo se considerarmos a quantidade de animais somente em Rio Preto”, afirma a médica-veterinária Thaís Antonussi, responsável técnica do Hemoser.
O último levantamento público contabilizou quase 355 mil cães e gatos em Rio Preto, em 2018. De lá para cá, não há este censo de animais, mas Thaís estima que sejam mais de 400 mil. “São muitas vidas que podem ser salvas com a doação. E basta o dono do animal entrar em contato conosco que vamos até a sua casa para coletar o sangue”, salienta a veterinária.
“A procura por bolsas de sangue de cães e gatos é muito grande por diversos motivos, como anemias, hemoparasitoses, doenças virais, tumores, traumas, hemorragias, sendo que a transfusão de sangue é indispensável para o tratamento desses pacientes e manutenção da vida”, explica.
Assim como os seres humanos, cães e gatos também possuem tipagem sanguínea. “Os gatos têm três tipos sanguíneos e os cães possuem oito. Em cães, assim como humanos, é necessário antes de qualquer transfusão, fazer o teste de compatibilidade e tipagem sanguínea. Neles, as reações transfusionais são menos comuns. Já em gatos podem ser severas”, explica Thaís.
Para que um pet possa salvar a vida de outro, são necessários requisitos veterinários e a autorização do tutor para o procedimento, porém, a veterinária ressalta que o processo é muito mais simples do que entre humanos. Ao contrário destes, os pets não precisam passar por uma preparação antes da coleta do sangue, desde que atendam aos pré-requisitos.
Para ser doador, o cão precisa ter mais que 25 quilos, idade entre 1 e 7 anos, ser dócil e saudável. A faixa etária é a mesma como requisito para o gato, porém deve ter peso médio de quatro quilos, não pode ser obeso e sem acesso à rua.
Os animais já doadores precisam respeitar um intervalo de tempo entre cada procedimento que, segundo Thaís, é de a cada 3 meses. A veterinária ressalta que o estímulo à doação de sangue entre animais também é fundamental, pois pode salvar a vida de muitos doentes ou vítimas de acidentes.
O Hemoser registra uma média mensal de 200 doações, porém, insuficiente para atender a demanda, que cresce a cada dia. “A falta de sangue é constante, assim como ocorre entre os seres humanos. O número de doadores é muito pequeno, sobretudo se considerarmos a quantidade de animais somente em Rio Preto, quiçá no Brasil para o qual somos fornecedores”, enfatiza Thaís.
Fonte: Hemoser, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
FAQ
Quais os requisitos para um animal ser doador de sangue?
Para ser doador, o cão precisa ter mais que 25 quilos, idade entre 1 e 7 anos, ser dócil e saudável. A faixa etária é a mesma como requisito para o gato, porém deve ter peso médio de quatro quilos, não pode ser obeso e sem acesso à rua.
Qual a importância das doações de sangue?
A procura por bolsas de sangue de cães e gatos é muito grande por diversos motivos, como anemias, hemoparasitoses, doenças virais, tumores, traumas, hemorragias, sendo que a transfusão de sangue é indispensável para o tratamento desses pacientes e manutenção da vida.
O animal doador precisa de algum tipo de preparação antes da doação?
Ao contrário destes, os pets não precisam passar por uma preparação antes da coleta do sangue, desde que atendam aos pré-requisitos.
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