O hiperparatireoidismo é um aumento sustentado da secreção de paratormônio (PTH), que é sintetizado e secretado pelas glândulas paratireoides localizadas junto às tireoides na região cervical ventral bilateral à traqueia.
“O PTH é um hormônio que controla o metabolismo do cálcio no sangue e fluidos extracelulares. Essa secreção é regulada pela concentração de cálcio ionizado sanguíneo. A redução do cálcio sérico aumenta a secreção do PTH e vice-versa. O hiperparatireoidismo pode ser primário e é decorrente de uma secreção autônoma e exagerada de paratormônio (PTH), pela glândula paratireoide, causando elevação dos níveis séricos (hipercalcemia) e redução dos níveis de fósforo (hipofosfatemia) e hiperplasia da glândula, podendo ter causas diversas, como as neoplasias nas glândulas. O secundário pode ser de origem renal (derivado de uma doença renal crônica) ou pode ter uma causa nutricional”, explica a médica-veterinária, mestra e aluna de doutorado no Programa de pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Liege Teixeira.
A médica-veterinária, nutróloga de cães e gatos, mestra em Clínica Médica, com ênfase em Nutrição, Leticia Warde Luis, completa que o hiperparatireoidismo nutricional secundário é uma doença metabólica decorrente do desbalanço da ingestão de cálcio e fósforo, causando um desequilíbrio da relação entre esses dois minerais no sangue e, consequentemente, maior secreção do paratormônio (PTH), que, para equilibrar a relação dos minerais no sangue, remove o cálcio dos ossos. “Esse quadro leva à desmineralização óssea e, logo, osteopenia. Ocorre principalmente em ossos longos, pelve e vértebras”.
Para que haja uma suspeita de que o animal esteja com esse problema, primeiro ele demonstrará alguns sinais. O professor contratado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade de São Paulo (USP), Thiago Vendramini, conta que os achados de massa óssea reduzida, deformidades ósseas, exostoses, fraturas patológicas e dentes soltos (mandíbula/maxila de borracha) são manifestações esqueléticas de animais com anormal secreção de PTH e metabolismo de cálcio alterado.
Liege Teixeira diz que o HSN acomete, geralmente, cães e gatos em fase de crescimento, alimentados com dietas caseiras mal balanceadas ou que permitam segregação durante o consumo de alguns alimentos apenas, animais alimentados somente com carnes, sem ossos ou sem a suplementação adequada de cálcio. “Carnes e miúdos apresentam pequena concentração de cálcio e alta concentração de fósforo. Os animais jovens são mais suscetíveis pela demanda elevada de cálcio para o crescimento e estabilização óssea. O processo de perda óssea é lento e, frequentemente, não é diagnosticado em fases iniciais e o problema permanece na forma subclínica; portanto, não se trata de um problema crônico”, explica.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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