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Inovação e Mercado

Indústria pet brasileira deve faturar R$ 41,8 bilhões, segundo levantamento da Abinpet

Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

A indústria pet brasileira deve encerrar 2022 com um faturamento de R$ 41,8 bilhões, crescimento de 17% sobre o ano de 2021. Os dados levam em conta os números até o terceiro trimestre deste ano. Desde o último levantamento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o quadro é estável. A variação calculada foi de cerca de R$ 300 mil entre o último balanço e os novos números. 

A última projeção divulgada era de cerca de R$ 41,5 bilhões ao final do 1º semestre de 2022. O levantamento não leva em consideração a movimentação no varejo e não inclui a venda de animais diretamente de criadores. 

Desses R$ 41,8 bilhões projetados até o final de dezembro, pet food representa 80% (R$ 33,2 bilhões); pet vet (produtos veterinários), R$ 5,9 bilhões, ou 14% do total, e pet care (produtos de higiene e bem-estar animal) R$ 2,67 bilhões, ou 6% do faturamento total. Isoladamente, cada segmento cresceu 18%, no caso do pet food; 16% no caso do pet care e 11% no caso de pet vet, quando comparados com os números de 2021. 

O levantamento não leva em consideração a movimentação no varejo e não inclui a venda de animais diretamente de criadores
(Foto: reprodução)

O cenário estável somente comprova que os números de crescimento se mantêm motivados principalmente pela inflação, e a alta dos preços de commodities prosseguem impactando o preço final, explica o presidente-executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França. “Entre 2020 e 2021, as matérias-primas de origem animal, passaram por aumento que superou os 100% no seu valor de comercialização. As demais matérias-primas como o arroz, por exemplo, um dos ingredientes do pet food mais usados, subiu mais de 100% nos últimos cinco anos. O milho, mais de 200%, e a soja, mais de 130%. Todos eles, ingredientes influenciados tanto pelo câmbio do dólar quanto pela demanda internacional”. 

Para não onerar tanto o consumidor, prossegue Galvão de França, as indústrias têm diminuído suas margens de lucro. Essa estratégia evita que o preço aumente tanto quanto o custo de produção tem aumentado, e permite que as famílias continuem oferecendo o pet food para seus animais. “Mas sabemos que, a médio prazo, a conta não fecha. Uma alternativa seria a redução da carga tributária para o setor, ainda muito alta”. 

De acordo com o presidente-executivo da Abinpet, a cada R$ 1 pago pelo consumidor, praticamente R$ 0,50 são impostos. É uma das cargas tributárias mais altas do mundo, e muito mais elevada do que outros países no top 10 mundial, ainda que o setor tenha sido declarado essencial durante o período mais duro da pandemia, entre 2020 e 2021. Dessa forma, além de não passar por desabastecimento nas indústrias, os produtos também estiveram à disposição da população do Brasil todo tanto no varejo convencional (mercados e supermercados) e no varejo especializado (pet shops). 

Produção de pet food e balança comercial

O volume de pet food produzido pelo Brasil deve chegar às 3,9 milhões de toneladas, crescimento de 7,2% em relação a 2021. Atualmente o país exporta cerca de 4,10% da produção, o que representa cerca de R$ 2,39 bilhões em divisas vindas do exterior. 

Com os outros itens enviados para fora do país, entre pet care e pet vet, o total de exportação alcance os R$ 2,5 bilhões, em torno de US$ 20 milhões a mais frente aos US$ 291,6 milhões do mesmo período anterior.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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