Por conta da pandemia de Coronavírus, logo em seu início, o Ministério da Saúde decidiu que, caso fosse necessário, médicos-veterinários seriam chamados para trabalhar na linha de frente do combate à doença. Esse fato gerou memes na internet, pois muitos leigos não faziam (ou fazem) ideia de que esses profissionais são, sim, importantes para a Saúde Única, termo que trata da integração entre a Saúde Humana, a Saúde Animal, Ambiental e políticas públicas que, efetivamente, tragam prevenção e controle de enfermidades a níveis local, regional, nacional e global.
Com base nisso, para a reportagem e capa do mês do médico-veterinário desse ano, trouxemos três personagens que atuam fora dos consultórios, mas que colaboram para que toda a população, seja de nível local, como é caso da primeira entrevistada; ou nacional – e por que não podemos dizer, mundial? -, dos dois entrevistados seguintes, possa ter saúde.
O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) foi criado pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a solidificação da Atenção Básica no País. Com ele, foi possível ampliar as ofertas de saúde na rede de serviços. O NASF possui equipe multidisciplinar e, dentro dela, está o médico-veterinário, por meio da publicação da Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011. Faz parte do NASF a médica-veterinária Eukira Enilde Monzani, que tinha o sonho de ser profissional da Medicina Veterinária desde criança, e se formou em 2006.
Atuando em Descalvado (SP), ela chegou ao NASF por meio do processo seletivo da Associação de Médicos-Veterinários e Zootecnistas do Município. Ela conta um pouco de como é sua rotina: “No NASF há ações conjuntas e individuais da equipe. Realizo visitas domiciliares com os agentes comunitários sempre que solicitado; orientações à população sobre zoonoses, medidas preventivas, arboviroses, doenças transmitidas por alimentos e água, entre outros”, enumera.
Outro modo de o médico-veterinário contribuir para a comunidade e que talvez poucos saibam é dentro dos institutos de pesquisas, como o caso do Butantan, com sede na capital paulista. Na cidade de Araçariguama (SP), o Instituto possui um amplo complexo produtivo, centros de pesquisa e a Fazenda São Joaquim. Nesse local, são criados os cavalos responsáveis pela produção de anticorpos na fabricação dos soros.
A equipe que trabalha com esses animais é formada por cinco veterinários, dois deles são a médica-veterinária, coordenadora de Produção e Responsável Técnica da Obtenção de Plasma Hiperimune (OPH), Camila Bianconi, e o médico-veterinário Luis Fernando Oliveira.
Onde Camila e Luis Fernando trabalham é realizada a coleta do plasma, que mais tarde dá origem aos soros contra animais peçonhentos e contra vírus, incluindo, agora, o coronavírus que causa a Covid-19. Luis Fernando Oliveira está no instituto há um ano e meio e trabalha na coleta desse plasma. “Estou formado há três anos. Desde pequeno, fui criado em sítio. Tenho um tio veterinário e via ele, desde cedo, trabalhando com os animais, me inspirei muito nele e quis isso para a minha vida, trabalhar com cavalos era meu desejo”.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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