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Clínica e Nutrição

Novos casos de raiva acendem alerta para vacinação

Mesmo com poucos registros da doença no Brasil, imunização deve ser feita anualmente
Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Doença séria e letal, a raiva atinge tanto animais quanto seres humanos. Mesmo com poucos casos registrados no Brasil, a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), do Grupo UniEduK, Aline Ambrogi, alerta sobre a importância de vacinar os pets anualmente, já que a vacina é a única forma de prevenção contra a doença.

Entre 2010 e 2023, 47 casos de raiva humana foram registrados no Brasil. O número, do Ministério da Saúde, pode parecer pequeno; mas, há uma grande preocupação das autoridades devido ao reaparecimento de casos. 

No ano passado, por exemplo, foram cinco mortes; enquanto que este ano dois óbitos já foram registrados por conta da doença. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, a raiva humana mata 70 mil pessoas todos os anos.

Fato é que a raiva humana ainda não tem cura. Historicamente, apenas duas pessoas foram curadas no Brasil. Por isso, agir de forma preventiva é a melhor decisão, e a única maneira de garantir proteção é por meio da vacinação.

“A vacinação de cães e gatos é obrigatória em território nacional e isso se justifica porque é a maneira mais eficaz de controle da doença na zona urbana. A doença se desenvolve apenas em mamíferos e, na área urbana, cães e gatos são os responsáveis por sua disseminação entre humanos. Já na zona rural, os morcegos são os principais responsáveis pela disseminação da doença e acabam afetando os bovinos e equinos”, salienta Aline.

Vacinação é a única forma de prevenção contra a raiva, em animais e humanos (Foto: divulgação)

A médica-veterinária ressalta que cães e gatos devem ser vacinados contra a doença a partir dos 3 meses de vida e, posteriormente, deve-se fazer o reforço anual. Bovinos e equinos também devem ser imunizados todos os anos. 

Em humanos a vacina é administrada em casos específicos, como em profissionais que estão em risco permanente, tais como médicos-veterinários, trabalhadores rurais e pessoas que atuam em laboratórios.

A transmissão ocorre a partir do contato da saliva do animal infectado pelo vírus Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, com a mucosa e pele de outros animais ou pessoas sadias, através de mordeduras, arranhaduras e lambeduras. No organismo, o patógeno começa a se disseminar, podendo ser em ritmo mais lento ou rápido.

Entre os sintomas da raiva humana, estão o mal-estar geral, aumento da temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade e sensação de angústia.

O grande perigo é quando a doença avança e atinge o sistema nervoso, causando febre, delírios, espasmos musculares involuntários e convulsões, podendo levar animais e pessoas a óbito. Segundo a médica-veterinária da UniFAJ, o diagnóstico não é tão simples.

“Embora existam testes para a identificação do vírus, é difícil diagnosticar a doença clinicamente, pois no início ela apresenta sintomatologia inespecífica”, ressalta Aline, finalizando: “Em seres humanos, para confirmar a suspeita, realiza-se o exame de córnea do paciente. Já nos animais, muitas vezes as amostras e a confirmação vem após ele ter sido eutanasiado ou ter vindo à óbito.”

Fonte: Grupo UniEduK, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.

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