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Pets e Curiosidades

Nutrição de cães e gatos: médica-veterinária explica as mentiras mais contadas

Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Em um mundo em que se trabalha arduamente para combater fake news, não é raro encontrar conceitos falsos ou sem base científica sobre a saúde e alimentação dos cães e gatos.

Pautas por essas inverdades, muitas vezes os tutores tomam decisões que podem trazer prejuízos à saúde dos pets. Por isso, a médica-veterinária e supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet, Marina Macruz, desmistifica algumas dessas questões que envolvem a nutrição de cães e gatos.

“Posso deixar o alimento à vontade para o meu pet”

Para os cães filhotes, a recomendação é fracionar a alimentação em 3 ou 4 refeições por dia, enquanto para os adultos é indicado oferecer no mínimo 2 refeições diárias. 

No caso dos gatos, tanto para adultos quanto para filhotes, a orientação é disponibilizar a quantidade de alimento diária (calculada com base na necessidade calórica de cada pet) para que o próprio animal estabeleça o número de refeições adequado às suas necessidades. 

Dessa forma, as refeições serão determinadas pelo gato, mas a quantidade ofertada por dia será controlada pelo tutor, com base na orientação do médico-veterinário ou na indicação do produto.

Caso seja oferecida uma dieta caseira, ela precisa ser avaliada por um profissional (Foto: reprodução)

“Oferecer frutas e legumes para o animal é saudável”

Para ser adequada e atender às necessidades dos pets, uma dieta caseira precisa ser formulada, balanceada e periodicamente reavaliada por um médico-veterinário, além de ser seguida com total precisão pelo tutor no longo prazo. 

Uma dieta desbalanceada pode prejudicar a saúde dos pets, provocando diversos problemas que incluem comprometimento nas articulações, retardo no crescimento ósseo, desnutrição e obesidade. 

“O mais indicado é fazer uso de alimentos super premium ou premium especial provenientes de empresas idôneas”, afirma a médica-veterinária. 

“Todos os alimentos industrializados, independentemente da categoria, possuem a mesma qualidade nutricional”

Existem diferenças entre essas categorias que envolvem principalmente a qualidade nutricional do produto, os benefícios agregados e a quantidade consumida. Os alimentos standard contêm ingredientes de baixa qualidade e baixo aproveitamento (digestibilidade), ou seja, o animal precisa ingerir um volume maior de alimento. 

Já a categoria premium tem níveis nutricionais de nível intermediário e oferece um bom custo-benefício, podendo ou não conter corantes e aromatizantes artificiais em sua formulação. Na categoria premium especial, os níveis nutricionais e a qualidade de ingredientes são consideradas ótimas, o que possibilita um melhor aproveitamento do alimento, além de conter ingredientes especiais que ajudam a minimizar o aparecimento de doenças. 

Já os alimentos da categoria super premium também contêm ingredientes especiais que auxiliam na prevenção de doenças, mas possuem qualidade nutricional superior a todos os outros.

Isso proporciona alta digestibilidade e densidade energética, de modo que o animal necessita de uma menor quantidade de alimento para ter suas necessidades nutricionais atendidas e sentir-se saciado. 

“A ciência da nutrição evoluiu muito e hoje temos alimentos específicos para diferentes portes, raças, faixas etárias, para animais castrados, diferentes estilos de vida e até para apoiar no tratamento de algumas doenças”, aponta a profissional.

“A alimentação de gatas e cadelas prenhas deve ser diferente”

Verdade! Os tutores precisam ter mais cuidado com a alimentação de fêmeas que estão gerando filhotes. No caso das gatas, o crescimento dos filhotes ocorre linearmente desde o primeiro dia de gestação e, com isso, a necessidade de nutrientes para essa gata é maior desde o início da gestação. 

Em cadelas é diferente, pois o crescimento do filhote ocorre de forma exponencial a partir do último terço do tempo de gestação. Isso significa que a necessidade da fêmea prenha só aumenta significativamente nesse período, portanto, o tutor deve se preocupar em trocar o alimento somente nessa fase. 

Nas duas espécies, normalmente um alimento super premium com indicação para filhotes supre perfeitamente todas as necessidades nutricionais da gestação, já que apresentam níveis mais altos de gordura, proteína e energia, nutrientes fundamentais para o desenvolvimento dos filhotes.

“Castração engorda”

De acordo com Marina Macruz, um dos principais impactos da castração tem relação com as mudanças hormonais, que resultam em um comportamento mais sedentário, que pode ser convite ao ganho de peso e, consequentemente, à obesidade. 

“Diante desse fator crítico, a alimentação passa a ter um papel central para a saúde dos cães e gatos castrados, com foco no controle da ingestão calórica”, explica a veterinária.

Após o procedimento, é necessário que o animal receba uma alimentação específica para castrados, que vai oferecer todos os nutrientes necessários com calorias moderadas para a manutenção do peso e garantindo uma saciedade maior do animal. 

Além disso, deve ser estabelecida uma rotina de atividades para o pet, com estímulo a brincadeiras e exercícios, o que vai contribuir para o equilíbrio energético.

“Animais idosos precisam de alimentos específicos”

Quando idosos, os animais costumam apresentar alterações no organismo, que no caso dos gatos podem implicar, principalmente, em uma perda de peso, e no caso dos cães a tendência maior é de ganho de peso. 

Uma alimentação específica, voltada a essa fase da vida e que leve em conta as necessidades de cada espécie é um cuidado preventivo de saúde, que colabora para a promoção do bem-estar, longevidade e qualidade de vida dos pets.

“Cães e gatos SRD podem comer qualquer coisa”

Assim como qualquer outro animal, o “vira-lata” ou “sem raça definida” não deve ser alimentado com refeições para humanos. As necessidades alimentares de cães e gatos são diferentes das pessoas e eles precisam de um alimento completo e balanceado para suprir sua demanda de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. 

Uma dieta que não supre essas necessidades pode causar deficiências nutricionais e até danos à saúde dos cães e gatos. Além disso, muitos dos ingredientes utilizados para humanos podem ser tóxicos ao animal, como o alho e a cebola.

Alimentos de alta qualidade, e nas quantidades certas, proporcionam a cães e gatos uma boa nutrição ao longo de toda a vida: “Tutores que têm o cuidado de oferecer alimentos completos e balanceados para seus pets sem dúvida estão garantindo a eles uma vida mais saudável e feliz”, finaliza a médica-veterinária.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos.

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