A morte de um animal de estimação é um momento de dor profunda para tutores que o consideram parte da família. No entanto, esse sofrimento também atinge quem está do outro lado da mesa de atendimento: os profissionais da veterinária. “O luto por um pet é real e pode ser tão intenso quanto a perda de um ente querido humano”, afirma o médico veterinário e neuropsicólogo Flávio Nunes. Segundo ele, a dor de perder um companheiro animal é legítima, e exige atenção emocional e suporte adequado.
As reações à perda de um pet variam amplamente e podem incluir sentimentos como tristeza, culpa, raiva e ansiedade, além de sintomas físicos como insônia e fadiga. “Cada tutor reage de forma única, dependendo da intensidade do vínculo, das circunstâncias da perda e do suporte que possui ao redor”, explica Flávio. Ele recomenda ações simples, mas sensíveis, como respeitar o momento da despedida e oferecer palavras de conforto, que podem aliviar o sofrimento de quem está em luto.
Nos bastidores da clínica, veterinários, estagiários e auxiliares também enfrentam o peso da perda. A convivência constante com diagnósticos difíceis e despedidas pode gerar o que especialistas chamam de “fadiga por compaixão”. “Também é necessário cuidar de quem cuida”, ressalta Flávio. Para ele, estratégias como apoio psicológico, escuta ativa e práticas de autocuidado são essenciais. “Validar a dor, oferecer apoio e estimular o autocuidado são atitudes fundamentais para atravessar esse momento de forma mais leve”, conclui.
Fonte: Assessoria, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ – Luto pela perda de um pet
1. O luto pela morte de um animal de estimação é realmente comparável ao luto por um ente querido?
Sim. Segundo o médico veterinário e neuropsicólogo Flávio Nunes, o luto por um pet pode ser tão intenso quanto o luto por um familiar humano. Os animais ocupam um espaço emocional profundo na vida de seus tutores, sendo tratados como membros da família.
2. Quais são as reações mais comuns após a perda de um pet?
As reações variam de pessoa para pessoa, mas podem incluir tristeza, culpa, raiva, ansiedade, insônia, fadiga e alterações no apetite. Flávio destaca que cada tutor vivencia o luto de maneira única, e por isso é importante oferecer apoio sensível e respeitoso nesse momento.
3. Os profissionais da veterinária também sofrem com a perda dos animais?
Sim. Veterinários, estagiários e auxiliares estão em contato constante com doenças e perdas, o que pode causar desgaste emocional e fadiga por compaixão. Flávio Nunes ressalta a importância de cuidar da saúde mental desses profissionais por meio de apoio psicológico e práticas de autocuidado.
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