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Clínica e Nutrição

Otite externa canina representa uma boa parcela dos atendimentos clínicos

Embora sua definição seja única, o diagnóstico e o tratamento devem respeitar o indivíduo
Por Equipe Cães&Gatos
otite
Por Equipe Cães&Gatos

A otite externa canina é uma condição que acomete inúmeros cães em todo o mundo, causando desconforto e preocupação aos seus tutores. Essa enfermidade, que afeta a região do ouvido externo, pode se manifestar de diversas formas e requer atenção cuidadosa por parte dos médicos-veterinários e tutores de animais de estimação.

A médica-veterinária proprietária da Otoderme (Otologia e Dermatologia Veterinária/Rio de Janeiro e Cuiabá), Cristiane de Castro Bazaga Botelho, explica que a otite externa é um problema relativamente comum na clínica veterinária, especialmente em cães, somando uma média de 10-20% das queixas principais dos atendimentos. “Isso ocorre devido a várias causas primárias dermatológicas que podem acometer estes animais, sendo as doenças alérgicas a principal nesta espécie. Existem, muitas vezes, fatores secundários, predisponentes e perpetuantes envolvidos nesta enfermidade, o que torna o diagnóstico e tratamento um desafio para os veterinários e tutores”, conta.

Segundo a médica-veterinária, diretora da Escola de Medicina Veterinária, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), e sócia proprietária da clínica de dermatologia Derme for Pets, em São Paulo, Ana Claudia Balda, a otite externa é uma inflamação da orelha, que, na maior parte das vezes, tem relação com doenças alérgicas e precisa de investigação clínica e exames complementares. Para ela, estima-se que 25% dos casos novos sejam relativos à otite. 

Ainda sobre a definição da otite externa, Cristiane explica que  é caracterizada por uma inflamação do canal auditivo externo, que é composto pelo pavilhão auricular, canal vertical, canal horizontal e membrana timpânica. “Suas causas mais comuns em cães incluem doenças dermatológicas como alergias, disqueratoses, endocrinopatias entre outras”.

Quadro ocorre com maior frequência nos dias quentes, mas a prevenção e o cuidado adequado com as orelhas do cão essenciais, independentemente da estação (Foto: reprodução)

Ana Claudia Balda diz que é bastante comum o surgimento da otite em épocas mais quentes, no entanto, não há nada comprovado que indique a relação. 

Cristiane Botelho compartilha dessa opinião e aponta que a otite está ligada a uma série de fatores primários e secundários (como alergias e microrganismos), perpetuantes e predisponentes (predisposição genética e otite média). “No entanto, em algumas regiões, é possível que a otite seja mais comum em estações mais quentes devido a certos fatores sazonais, como:

  • 1. Aumento da umidade: Nas estações mais quentes, o aumento da umidade pode criar um ambiente propício ao crescimento de bactérias e fungos no canal auditivo, o que pode aumentar o risco de infecções auriculares em animais com envolvimento de doenças primárias.
  • 2. Atividades aquáticas: Durante o verão, muitos cães participam de atividades aquáticas, como nadar em piscinas, lagos ou praias. A entrada de água no conduto auditivo externo e a dificuldade em mantê-los secos podem aumentar o risco de otites em animais com envolvimento de doenças primárias.
  • 3. Alergias sazonais: Alguns cães sofrem de alergias sazonais, que podem piorar durante os meses mais quentes. Essas alergias podem contribuir para o desenvolvimento de otite em alguns casos.

“No entanto, é importante notar que a otite pode ocorrer em qualquer época do ano, sendo a prevenção e o cuidado adequado com as orelhas do cão essenciais, independentemente da estação”, diz.

Acesse a edição de novembro da CG e confira a reportagem completa, que mostra as predisposições, diagnóstico e tratamento do problema.

Fonte: Redação Cães e Gatos VET FOOD.

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