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Pets e Curiosidades

Pesquisa releva por que cães se sacodem quando estão molhados

Pesquisadores descobriram como o reflexo de se sacudir ao ser molhado é ativado no cérebro dos cachorros
Por Equipe Cães&Gatos
Pesquisa releva por que cães se sacodem quando estão molhados
Por Equipe Cães&Gatos

Quem tem um cão sabe como é dar banho no pet e sair todo molhado também, pois eles se sacodem o tempo inteiro. Essa reação instintiva de se balançar para secar os pelos ganhou uma nova explicação neurocientífica. Cientistas identificaram um circuito neural responsável por desencadear o reflexo no animal.

A investigação foi conduzida em camundongos que, assim como outros tipos de mamíferos com pelos, costumam fazer um movimento semelhante a do “cachorro molhado”. Os resultados foram descritos em artigo publicado na revista Science.

Os cientistas agora sabem que o tremor do “cachorro molhado” é uma resposta muito bem coordenada do corpo (Foto: Divulgação)

A reação do “cachorro molhado” pode ser desencadeada por um tipo de neurônio

Ao longo dos pelos dos mamíferos, existem mais de 12 tipos de neurônios sensoriais. Neste estudo, pesquisadores focaram em compreender um deles, que é ultrassensível ao toque, chamado mecanorreceptor de baixo limiar de fibra C (C-LTMRs). Em humanos, esse receptor detecta sensações agradáveis, mas em animais, serve para alertar sobre algo em sua pele, seja água ou um parasita.

Para averiguar o papel dele na reação de se sacudir, primeiro, os cientistas registraram os movimentos dos ratos ao terem suas peles molhadas com óleo de girassol. Depois, retiraram geneticamente os C-LTMRs de um grupo. Testes posteriores mostraram que estes ratos tiveram 50% dos tremores reduzidos. Ou seja, aparentemente, esse neurônio tem uma função fundamental na reação dos animais.

Como os sinais chegam ao cérebro e se convertem em tremores

Os pesquisadores também investigaram como os sinais dos neurônios sensoriais C-LTMRs chegam ao cérebro para controlar os tremores nos mamíferos. Eles descobriram que os estímulos viajam até a medula espinhal e chegam a uma área responsável por processar dor, temperatura e toque.

Para confirmar a relação, uma técnica chamada optogenética, que usa luz para controlar a atividade de células ou neurônios no cérebro e em outros tecidos, foi utilizada nos neurônios espinhais de camundongos. Quando foram inativados, os tremores dos ratos diminuíam em até 58%.

Os animais modificados continuaram a se coçar, limpar e se mexer normalmente. Isso mostrou que esse circuito neural é específico para o reflexo de sacudir a água, sem afetar outros movimentos do animal.

Descoberta pode ser útil para entender condições em que há espasmos de pele em gatos (Foto: Divulgação)

Um passo a mais para entender como o cérebro controla o corpo

A descoberta abre novas possibilidades para futuras pesquisas. Os cientistas agora sabem que o tremor do “cachorro molhado” é uma resposta muito bem coordenada do corpo, e isso pode ajudar a entender melhor como o cérebro controla movimentos.

Novos estudos também podem investigar se a atividade exagerada dos C-LTMRs, os neurônios responsáveis pela sensação de toque, está ligada a condições como espasmos de pele em gatos ou hipersensibilidade em humanos.

Fonte: Olhar Digital, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.

FAQ

Onde foi publicado o estudo?

Os resultados foram descritos em artigo publicado na revista Science.

Qual foi a principal descoberta da pesquisa?

Neste estudo, pesquisadores focaram em compreender o chamado mecanorreceptor de baixo limiar de fibra C (C-LTMRs). Em humanos, esse receptor detecta sensações agradáveis, mas em animais, serve para alertar sobre algo em sua pele, seja água ou um parasita.

Quais os próximos passos da pesquisa?

Descoberta pode ser útil para entender condições em que há espasmos de pele em gatos

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