No mês de junho, a Petlove chegou a seu 25º aniversário. Para celebrar esse marco, a empresa lançou um movimento que reforça seu posicionamento ativista e seu propósito de transformar o mundo em um lugar onde todos os pets possam ser mais felizes e saudáveis. Nesse contexto, a marca anuncia “Petlove não vende”, uma ação que democratiza informações essenciais para os tutores e convida o público para uma reflexão importante acerca do mercado. A campanha visa acabar com todo tipo de comercialização prejudicial ao bem-estar dos pets – que são parte da família. Com um vídeo-comunicado em forma de manifesto e narrado por Ana Maria Braga, a companhia se coloca ativamente contra práticas que vão desde a venda de animais em vitrines até a distribuição de produtos que são considerados nocivos, entre eles coleiras de choque, conhecidas como anti-latido, anti-concepcionais para fêmeas e medicamentos falsificados.
Criado em parceria com a agência PROS e com a curadoria do Instituto Caramelo, uma das mais respeitadas organizações de bem-estar animal, o movimento se desdobra em diversas frentes que têm como objetivo orientar e fornecer informações essenciais para os tutores. Exemplo disso é o lançamento de uma página especial que destaca produtos que podem ser prejudiciais aos pets e quais as opções mais indicadas para sua substituição. Para acessar a página, clique neste link.
O conteúdo informativo também traz direcionais sobre o que é necessário fazer antes de adotar um pet e, para as pessoas que optam por ter um animal de estimação de raça específica, o que é necessário levar em consideração antes de escolher um canil ou criador, visando que o estabelecimento esteja em linha com as melhores práticas de bem-estar. Uma seção da página é dedicada aos perigos da comercialização de medicamentos falsificados, normalmente vendidos em espaços não especializados, seja no ambiente online ou físico, e dicas de como evitar adquirir esse tipo de artigo, que pode levar os animais a quadros graves de intoxicação – e até a morte.
Já que o objetivo do movimento “Petlove não vende” é, também, cessar a circulação dos objetos que, de alguma forma, podem afetar o bem-estar dos pets, outro desdobramento da campanha é o recolhimento desses produtos. Até o dia 04 de julho, o público que desejar se desfazer desses artigos pode levá-los às lojas físicas da Petlove, localizadas em São Paulo (SP) e realizar a troca por um cupom de R$ 50.
Quais são os itens e práticas prejudiciais ao bem-estar dos pets e quais as melhores alternativas
Pedro Risolia, um dos médicos-veterinários à frente do comitê de ética da Petlove, elenca alguns cuidados importantes em relação aos produtos e práticas de mercado que compõem o movimento “Petlove não vende” e podem afetar o bem-estar dos animais:
Medicamentos falsificados
É essencial buscar fontes especializadas para a compra de medicamentos para os pets. Os tutores devem sempre desconfiar de preços muito abaixo do mercado e de procedência duvidosa. Ao adquirir um remédio na internet, é primordial buscar por fornecedores e distribuidores certificados. Formulações inadequadas e/ou adulteradas podem levar os animais de estimação a quadros graves de intoxicação e até mesmo à morte.
Adoção de animais
O Brasil conta com mais de 30 milhões de pets abandonados em busca de um lar. Por isso, adotar um animal de estimação para fazer parte da família é sempre uma possibilidade a ser levada em consideração. É importante que os futuros tutores sempre busquem por organizações comprometidas com o bem-estar pet, como é o caso do Instituto Caramelo.
Para quem deseja ter um cão ou gato de raça específica, é primordial que o processo seja realizado em canis ou com criadores confiáveis e que garantam a segurança e o cuidado para com os animais. Pesquisas profundas são necessárias antes de dar esse importante passo. Entre os passos mais importantes estão: visitas presenciais ao local, avaliação das condições de higiene e das instalações em geral e um olhar especial para os reprodutores.
Anticoncepcionais para fêmeas
Anticoncepcionais para fêmeas devem ser evitados, a não ser em casos específicos e acompanhados por médicos-veterinários especialistas. O uso indiscriminado desse tipo de medicamento – principalmente em casos de cadelas e gatas que não precisam deles – podem causar diversas doenças em decorrência de alterações hormonais, como tumores mamários. A melhor alternativa – e mais indicada – é sempre a castração, já que elimina o risco de gestações indesejadas e de quadros graves de saúde.
Coleiras de choque / Coleiras anti-latidos
Conhecidas por usar choques, as coleiras anti-latidos são dispositivos que causam dor, medo e estresse nos cães. Ao contrário do que possa parecer, elas não ajudam a diminuir os latidos, mas sim agravar problemas comportamentais, aumentando a reatividade do pet. Em substituição a esse item, os tutores devem optar por coleiras peitorais, petiscos e treino com reforço positivo. “Isso ajuda a promover uma relação de confiança e bem-estar.
Enforcador de metal
Os enforcadores de metais pressionam o pescoço dos cães, podendo interromper o fluxo sanguíneo, aumentar a pressão intraocular, deslocar vértebras cervicais e colapsar a traquéia. Além disso, o uso desses artigos pode aumentar a reatividade do cão a pessoas e outros animais. Assim como no caso das coleiras anti-latidos, o ideal é substituir esse tipo de item por coleiras peitorais, além de focar em treinos com reforço positivo.
Coleiras com guizo
No caso dos gatos, coleiras com guizo também são inadequadas. O barulho constante interfere na audição dos felinos e pode causar estresse e perda auditiva. Uma alternativa mais respeitosa é ensinar o gato a responder ao chamado do dono com recompensas, como petiscos.
Spray sonoro
Esse método é usado para causar medo nos animais, o que pode abalar a relação de confiança dos pets com os tutores, especialmente no caso dos cães. Além disso, esse tipo de método aversivo não soluciona o problema dos comportamentos indesejados e que o ideal é optar pela educação positiva. Reforço de comportamento baseados em recompensas são mais eficazes e saudáveis. Para isso, é possível oferecer brinquedos recheáveis, mordedores, pelúcias e tabuleiros, de modo que o pet execute comportamentos naturais e minimize os inapropriados.
Osso de couro em nó
Outro item comum e que não é indicado aos cães é o osso de couro em nó, frequentemente usado como mordedor. Esse item possui substâncias químicas e pode causar engasgo ou sufocamento. Mordedores naturais, como cascos e chifres bovinos, e brinquedos próprios, são opções mais seguras, desde que usados sob supervisão.
Gaiolas
Para aves, o uso de gaiolas deve ser restrito a casos específicos, como resgates ou contenção de espaço necessárias em tratamentos. A criação de pássaros em cativeiro limita seus movimentos e fere o instinto de liberdade.
Fonte: Petlove&Co, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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