Muitos problemas em animais por apresentarem, muitas vezes, sinais sutis podem fazer com que o tutor não perceba que há algo de errado. Uma condição que cães e gatos podem desenvolver que, talvez, não seja notado pelo tutor é o peito escavado ou Pectus Excavatum, que se caracteriza por uma deformidade na parede torácica, promovendo um desvio dorsal do externo e das cartilagens costais, bem como o achatamento ventro-dorsal do tórax.
Segundo a médica-veterinária da clínica Pet House, Luana Moretto, embora os sinais sejam sutis, podem incluir dispneia, cianose, tosse, intolerância a exercícios, vômitos, entre outras alterações. “Em casos leves, o achado é acidental no momento da palpação realizada durante o exame físico pelo profissional e, em casos mais graves, o animal pode apresentar arritmias cardíacas, sopros e infecções respiratórias recorrentes”.
Luana explica que a ocorrência da doença ainda não foi bem elucidada, mas estudos demonstram uma tendência genética e hereditária, bem como outras hipóteses, como encurtamento do tendão do diafragma, anormalidades na pressão intrauterina e deficiência congênita da musculatura na porção cranial do diafragma. “O peito escavado adquirido já foi relatado na literatura, porém com uma frequência bem menor”. Ainda segundo ela, em gatos, estudos demonstram uma predisposição da raça bengal e doméstico do pelo curto, e cães braquicefálicos, de modo geral.
Para tratar o Pectus Excavatum, Luana Moretto conta que nem sempre é necessário realizar uma cirurgia. “Quando diagnosticado precocemente e sem comprometimento do sistema cardiorrespiratório, o tratamento clínico é preconizado por se tratar de técnicas não invasivas, como a utilização de talas externas e compressões manuais, porém, quando o tratamento clínico não é suficiente, correções cirúrgicas se tornam necessárias”.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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