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Psicóloga realiza pesquisa sobre fatores de risco para a saúde mental dos veterinários

Clínicos de pequenos animais podem colaborar com o estudo, respondendo algumas perguntas sobre a temática
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães – claudia@ciasullieditores.com.br, da redação

A psicóloga, professora e presidente da Associação Brasileira em prol da Saúde Mental na Medicina Veterinária – Ekôa Vet, Bianca Gresele, está desenvolvendo uma pesquisa para a realização de seu doutorado de título “Fatores de risco para a saúde mental do médico-veterinário clínico”. O objetivo do estudo é investigar quais são esses fatores de risco, avaliando os três princípios seguintes: síndrome de burnout, fadiga por compaixão e ideação suicida. Veterinários interessados em colaborar com a pesquisa podem responder uma entrevista, que será de forma anônima, até o dia 09 de abril, neste link.

Em entrevista exclusiva à C&G VF, Bianca conta que já atuava na área de Medicina Veterinária: “Comecei, há alguns anos, e, a partir da minha atuação como psicóloga em hospitais e clínicas veterinárias, me interessei por essa questão de saúde mental dos profissionais. Então, fui pesquisar sobre isso para poder ter uma ideia de que pesquisas já existiam no Brasil e me surpreendi, porque, na época, não tinha nada”, compartilha.

A partir disso, a psicóloga decidiu que este seria o tema de seu doutorado. “Eu defendo e acredito que, antes de realizarmos ou desenvolvermos qualquer projeto ou ações de estratégias para levar para a realidade desses profissionais, a fim de melhorar o dia a dia deles, precisamos, primeiro, compreender o que está acontecendo, o que está causando, por exemplo, essas taxas altas de fadiga por compaixão, dentre outras coisas que se falam tanto”, avalia.

Com a pesquisa, Bianca pretende, inicialmente, comprovar se, realmente, essas taxas são altas ou não, porque, ela acredita que, antes de elaborar pesquisas, essas são apenas hipóteses. “Se comprovadas, aí sim, podemos pensar a partir disso, dos resultados dessa pesquisa, o que pode ser feito”, afirma.

A profissional ainda revela o interesse em escrever um livro sobre a temática, principalmente, para que as pessoas possam ter acesso aos resultados dos estudos e, então, compreender melhor essa realidade. “A ideia é servir como uma boa base para que eu, em conjunto com outros profissionais que atuem na área de saúde mental, possa desenvolver estratégias e ferramentas que serão necessárias para melhorar a realidade do médico-veterinário brasileiro”, projeta.

Futuramente, Bianca pretende fazer essas pesquisas com veterinários que atuam em diversas áreas, porque acredita que é muito importante entendermos o contexto de atuação de cada um, mas, por enquanto, o foco são os veterinários já formados e que atuam como clínicos de pequenos animais. 

Bianca brinca, dizendo ser suspeita para falar, mas crê que esse tema seja essencial. “Acho que é um trabalho em conjunto, tanto dos psicólogos, quanto dos próprios médicos-veterinários e, principalmente, das instituições, dos conselhos de classe, dos cursos de graduação, da área acadêmica, de todos nós”, conclui.

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