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Pets e Curiosidades

Quais exames todo pet deve fazer anualmente?

Os exames de check-up são a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento de doenças e detectar enfermidades ainda no início. A recomendação de exames e a frequência com que devem ser feitos depende da idade do animal
Por Danielle Assis
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Por Danielle Assis

Os animais de estimação precisam ser acompanhados pelos médicos-veterinários frequentemente e não apenas quando surge uma doença. Esse cuidado periódico é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce de diversa enfermidades. 

Além das consultas veterinárias, a realização de exames de check-up é essencial, pois traz informações mais completas sobre como realmente está a saúde do pet. 

O exame mais comum é o hemograma completo para avaliação das plaquetas (Foto: reprodução)

De acordo com a médica-veterinária doutora em clínica e reprodução, Vivian dos Santos Baptista, os exames e acompanhamentos a serem realizados nos cães e gatos depende da idade do animal. 

De um modo geral, os pets são considerados filhotes até os 12 meses de vida. No entanto, essa classificação pode mudar de acordo com o porte do cão. “Animais de porte pequeno, como os pinschers, atingem a idade adulta por volta de 10 meses. Já os de raças médias, que possuem entre 11 e 20 kg, são considerados adultos a partir dos 12 meses e os gigantes, que têm mais de 45 kg, só chegam a fase adulta aos 18 meses”, esclarece a profissional.

Ainda segundo a médica-veterinária, a fase sênior, que é quando os pets passam a se tornar idosos, começa entre os seis e nove anos de idade. Porém, essa definição também depende do porte do animal, no caso dos cães. 

“Os cachorros de raças miniatura são considerados idosos com seis anos. Por outro lado, os de médio e grande porte entram na fase sênior a partir de sete anos. Isso também vale para as raças gigantes”, afirma Vivian. 

Acompanhamento veterinário de pets filhotes 

“O acompanhamento clínico veterinário de filhotes começa a partir dos 15 dias de vida. Nessa idade o animal pode ser vermifugado e é realizada a avaliação do seu peso. Passado esse período, ela continua nos 45 dias com a primeira dose de vacina para os cães e 60 dias no caso dos felinos”, explica.

Especificamente sobre os gatos, existe o teste para detecção do Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e para o Vírus da Leucemia Felina (FELV) (Foto: reprodução)

Com relação aos exames solicitados para os filhotes, a profissional comenta que o mais comum é o hemograma completo para avaliação das plaquetas. No entanto, também pode ser realizada bioquímica sérica para verificar como estão as enzimas hepáticas e renais.

Falando especificamente dos gatos, existe o teste para detecção do Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e para o Vírus da Leucemia Felina (FELV). “Esse exame pode ser feito a partir de 60 dias de vida. Contudo, se realizado nessa idade deve-se repeti-lo quando o animal completar um ano, pois na fase de filhote o resultado pode ser falso negativo devido a influência de anticorpos maternos”, cita Baptista.

Para diagnóstico da FELV o exame mais utilizado é o Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA), um teste rápido realizado com kits comerciais, que consegue fazer detecção do antígeno. Porém, também existe a possibilidade de executar o PCR (Reação de Cadeia em Polimerase) (ALVEZ, 2015).

Já para diagnosticar a Imunodeficiência Felina (FIV) há três técnicas: ELISA, PCR e IFA (Imunofluorescência Direta). O PCR pode detectar o FIV da primeira a terceira semana após a infecção. O método ELISA mostra a presença de anticorpos contra o vírus no segundo, terceiro e quarto estágio da infecção, enquanto a técnica do IFA detecta os anticorpos contra o FIV após terem se ligados às células infectadas, sendo mais confiável que o ELISA (FERREIRA et al., 2011). 

Exames indicados para animais adultos e idosos 

“Um animal adulto, que não tenha nenhuma doença crônica diagnosticada, deve realizar acompanhamento veterinário anualmente. Mas, se o pet apresentar mudanças de comportamento, falta de apetite e apatia indico levá-lo para consulta o quanto antes”, conta a médica-veterinária. 

Um animal adulto, que não tenha nenhuma doença crônica diagnosticada, deve realizar acompanhamento veterinário anualmente (Foto: reprodução)

Para eles, segundo Baptista, os exames mais recomendados são hemograma e avaliação de enzimas hepáticas e renais. 

Nos animais idosos isso muda um pouco. “Para os cães e gatos idosos é indicado acompanhamento a cada seis meses e realização de check-ups completos”.

Conforme afirma a profissional, como nessa fase da vida ocorre um desgaste muscular e funcional de vários órgãos devem ser realizados exames mais específicos. 

Além disso, Vivian complementa que a partir dos seis anos de idade é recomendada a realização de check-up cardíaco com eletrocardiograma e ecocardiograma. 

REFERÊNCIAS 

ALVES, Maria Cecília Rodrigues et al. Leucemia Viral Felina: Revisão. Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 9, n. 2, p. 86 – 100, Maringá, 2015.

FERREIA, Guadalupe Sampaio et al. Vírus da Imunodeficiência Felina: um desafio clínico. Nucleus Animalium, v.3, n. 1, p. 85 – 98, 2011.

FAQ

Acabei de adotar um animal, quais exames devem ser feitos para avaliar a sua saúde?
Logo após adotar um pet é importante levá-lo para uma consulta veterinária para avaliação da sua saúde como um todo. No atendimento o médico-veterinário irá fazer um exame físico completo e pode solicitar como exames principais hemograma completo e bioquímica renal e hepática.

Caso o animal vá passar por um procedimento cirúrgico eletivo, quais são os exames pré-operatórios mais importantes?
Os exames pré-cirúrgicos mais indicados dependem do procedimento que será realizado e da idade do animal. Os exames de sangue sempre são solicitados, como hemograma completo e bioquímica sérica, assim como os cardíacos. Porém, também pode ser necessário realizar exames de imagem, como raio-x e ultrassom.

Quais são os exames de rotina para os cães?
Os exames considerados de rotina para os cães são hemograma, que permitem avaliar as células brancas e vermelhas do sangue, e os bioquímicos. Dentre os bioquímicos, os mais comuns são os que mostram como estão as enzimas do fígado e dos rins. A mensuração de glicemia também é importante.

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