Quando temos um animal que amamos muito, a primeira coisa que devemos fazer é protegê-lo de todos os perigos, como doenças, acidentes e maus tratos. E uma forma muito eficaz de proteger os pets é vaciná-los contra várias doenças, além de cuidados preventivos.
A imunização dos cães é uma forma muito eficaz de evitar doenças que deixam o animal debilitado ou mesmo podem levá-lo à morte. As vacinas são utilizadas há muito tempo e com grande sucesso na proteção contra doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários.
Algumas doenças estão mais presentes em certas regiões do país, sendo necessária uma adaptação do calendário vacinal nesses locais. Mas existe esquema de vacinação utilizado em todo o país, onde várias doenças podem ser prevenidas com êxito, como a parvovirose, a cinomose e a leptospirose.
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Quais as três primeiras vacinas para cachorro?
De acordo com o Grupo de Diretrizes de Vacinação (VGG) da WSAVA, são chamadas de vacinas essenciais aquelas que todos os cães e gatos, independentemente das circunstâncias ou localização geográfica, devem receber. As vacinas essenciais protegem os animais de doenças graves, potencialmente fatais, que têm distribuição global.
Essas vacinas para os cães são aquelas que protegem contra o vírus da cinomose canina (CDV), o adenovírus canino (CAV) e as variantes do parvovírus canino tipo 2 (CPV-2). Nas áreas do mundo onde a infecção pelo vírus da raiva é endêmica, a vacinação contra este agente deve ser considerada essencial tanto para cães como para gatos, mesmo se não houver exigência legal para a vacinação de rotina.
Já as vacinas não essenciais são aquelas que são necessárias somente para os animais cuja localização geográfica, ambiente local ou estilo de vida os coloca em risco de contrair infecções específicas, ou seja, não serão necessárias no país todo, apenas onde algumas doenças são consideradas endêmicas ou os cães estejam mais expostos ao risco de infecção.
Por exemplo, algumas regiões possuem maiores índices de infecção pelo agente causador da leptospirose, o que explica a necessidade de reforços da vacina a cada seis meses. Em regiões com poucos casos dessa doença ou para aqueles animais que não passeiam na rua ou têm contato com outros cães, o reforço poderá ser anual. O médico veterinário da sua região saberá indicar o melhor calendário vacinal para o seu cachorro ficar protegido contra as doenças mais comuns do local onde vocês moram.
Quanto aos nossos amigos cães , existem três vacinas que são essenciais para manter sua saúde e bem-estar: a múltipla, a vacina antirrábica e a vacina contra pneumonia. Falaremos mais sobre cada uma delas nos tópicos abaixo.
Múltipla
A vacina múltipla imuniza contra as seguintes doenças:
- Parvovirose;
- Cinomose;
- Adenovirose (hepatite infecciosa canina – Adenovírus canino tipo 1);
- Leptospiroses causadas pela Leptospira canicola, L. grippotyphosa, L. icterohaemorrhagiae e L. pomona;
- Coronavirose;
- Doença respiratória (Adenovírus canino tipo 2);
- Parainfluenza canina.
A primeira dose da vacina múltipla, também conhecida como V8 ou V10, deverá ser aplicada quando o cachorro atingir a idade de 6 a 8 semanas de vida, com dois reforços intervalados com 2 a 3 semanas. Vamos a um exemplo prático: o filhote que foi vacinado com 8 semanas de vida deverá receber a segunda dose com 11 semanas e a terceira dose com 14 semanas de vida. Uma quarta dose poderá ser necessária, a critério do médico veterinário. Após esse esquema vacinal de 3 ou 4 doses, o reforço deverá ser anual.
Antirrábica
A vacina antirrábica é oferecida gratuitamente pelos estados brasileiros em grandes campanhas de conscientização sobre a importância de vacinar cães e gatos contra essa doença. A imunização deverá acontecer quando o cachorro estiver com seis meses de idade, sendo necessários reforços anuais.
A raiva é uma antropozoonose causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, caracterizada por encefalite aguda, em geral de evolução rápida e fatal, que acomete os mamíferos. Pacientes sintomáticos apresentam uma letalidade de aproximadamente 100% e, no Brasil os casos são a priori transmitidos por animais do ciclo silvestre, diferente do que ocorre em outros países em que cães são responsáveis por até 99% dos casos humanos.
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Vacina contra pneumonia
A vacina contra pneumonia auxilia na prevenção da doença respiratória infecciosa canina (traqueobronquite infecciosa canina ou tosse dos canis), causada por Bordetella bronchiseptica em cães sadios a partir de 8 semanas de idade.
A primeira dose deverá acontecer quando o cachorro estiver com mais de 8 semanas, sendo necessário um reforço com 15 a 21 dias após a aplicação. A primeira dose poderá acontecer concomitantemente à vacina múltipla, ou pode ser aplicada no mesmo dia que a segunda e terceiras doses da referida vacina.
Por que é importante vacinar o cachorro?
A vacinação é a forma mais segura e eficaz de proteger seu amigo de várias doenças potencialmente mortais, principalmente para os filhotes. As vacinas são fabricadas com vírus ou bactérias mortos ou inativados, não sendo capazes de causar doenças.
Elas preparam o sistema imunológico do cachorro para se defender caso entre em contato com agentes infecciosos. No entanto, com o passar do tempo, essa imunização vai diminuindo, sendo necessários reforços periódicos. Manter a carteira de vacinação do seu cachorro atualizada é a melhor forma de protegê-lo e garantir uma vida longa e saudável para ele.
Fonte: Perito Animal, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
FAQ
Quais os benefícios da vacinação em pets?
A vacinação é a forma mais segura e eficaz de proteger seu amigo de várias doenças potencialmente mortais, principalmente para os filhotes.
Como as vacinas são fabricadas?
As vacinas são fabricadas com vírus ou bactérias mortos ou inativados, não sendo capazes de causar doenças.
Como as vacinas funcionam?
Elas preparam o sistema imunológico do cachorro para se defender caso entre em contato com agentes infecciosos. No entanto, com o passar do tempo, essa imunização vai diminuindo, sendo necessários reforços periódicos.
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