- PUBLICIDADE -
Clínica e Nutrição

Raiva parece estar controlada, mas ainda assombra população

Brasil enfrenta desafios na erradicação completa da doença em seu território
Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Apesar dos avanços significativos no controle da raiva – e também da evolução nas políticas públicas envolvendo a enfermidade –, a doença viral grave continua sendo uma preocupação no Brasil. 

O País ainda enfrenta desafios na erradicação completa da raiva em seu território. Em um cenário diverso, rico em fauna e com peculiaridades regionais, a batalha se mostra complexa e urgente. 

Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, a raiva acomete mamíferos, inclusive o homem, e apresenta-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de, aproximadamente, 100%.

Adorable dog in bed
A raiva acomete mamíferos e tem letalidade de, aproximadamente, 100% (Foto: reprodução)

A médica-veterinária, presidente da Comissão Técnica de Saúde Pública Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Adriana Maria Lopes Vieira, explica que a doença é de extrema importância para a saúde pública em âmbito mundial. 

“O vírus da raiva apresenta variantes antigênicas, tendo sido encontradas no Brasil as variantes 1 e 2, isoladas dos cães; variante 3, de morcego hematófago Desmodus rotundus; e variantes 4 e 6, de morcegos insetívoros Tadarida brasiliensis e Lasiurus cinereus, respectivamente. E, ainda, outras duas variantes encontradas em Cerdocyon thous (cachorro do mato) e Callithrix jacchus (sagui de tufos brancos)”, afirma. 

Ainda de acordo com a especialista, as variantes caninas (1 e 2) estão sob controle em alguns Estados: “No entanto, ainda há circulação das demais variantes, em especial as isoladas de morcegos, em todo o território nacional”.

A prevenção da doença em animais é feita por meio da vacinação, lembra Adriana. “Cabe ao guardião/proprietário/tutor dos cães e gatos prover condições de saúde aos seus animais, podendo vacinar seus animais nos serviços públicos ou procurar estabelecimentos médico-veterinários privados. Com relação aos animais de produção, os responsáveis por eles devem seguir as normas emanadas dos órgãos de agricultura”.

A médica-veterinária autônoma Vivian Lindmayer Cisi acrescenta que todas as ações devem estar relacionadas com a posse responsável, controle de natalidade e responsabilidade ao se adquirir um animal.

“Manter a vacinação do pet atualizada é, também, bastante importante. Ainda, é possível reduzir a possibilidade de exposição à raiva, não permitindo que os animais domésticos façam passeios sozinhos (castrar os animais diminui o comportamento de fuga); não deixar lixo ou alimento de cães do lado de fora de casa para não atrair outros animais; lembrar sempre que animais selvagens não devem ser tratados como pets. Além de ilegal, os animais silvestres podem ser potenciais animais infectados e que podem trazer riscos para os seres que o cercam”, comenta.

Leia a reportagem completa publicada na edição nº 288 da Revista Cães e Gatos VET FOOD, publicada em agosto

Fonte: Equipe Cães e Gatos VET FOOD.

LEIA TAMBÉM:

Pesquisador da Fiocruz indica cuidados clássicos contra a leishmaniose

Cães com marcas faciais menos complexas são mais expressivos na comunicação

CFMV E MMA se alinham para criação de programa de manejo populacional de cães e gatos

Compartilhe este artigo agora no

Siga a Cães&Gatos também no