O faturamento total do setor pet em 2016 foi de R$ 18,9 bilhões, crescimento de 4,9% sobre o ano anterior. As projeções são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet, São Paulo/SP) e calculavam, até setembro 2016, um crescimento de 5,7%, mas o setor sofreu os fortes efeitos da inflação e da crise econômica, com uma queda estimada em mais de R$ 150 milhões no faturamento. Em 2015, o montante foi de R$ 18 bilhões.
Entre os segmentos da indústria para animais de estimação, Pet Food continua a ser o maior, com larga vantagem, atingindo 67,5% do faturamento. Em seguida, estão os segmentos de serviços, como banho e tosa, com 16,7%; Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos de beleza) no terceiro lugar, com 8,1% e Pet Vet (produtos veterinários) em quarto lugar, com 7,8%. De acordo com a entidade, o faturamento de Pet Food aumentou 4,9% entre 2015 e 2016. Já Pet Care subiu 5,5% entre esses dois anos, e Pet Vet (produtos veterinários), 6,7%.
“Houve crescimento orgânico no setor, porque os preços tiveram de subir por conta da inflação, ou seja, os números não refletem o desenvolvimento do mercado”, explica o presidente executivo da entidade, José Edson Galvão de França. “Além disso, enfrentamos uma alta carga tributária, que aumenta em 51% o preço final dos nossos produtos”. O executivo explica que a denominação de “produto supérfluo” para ração animal, estipulada pelo governo federal, vai contra a noção atual de como se trata os animais dentro de casa.
Para a indústria nacional, entre as atividades mais afetadas estão as exportações (pet food, pet care, pet vet e animais vivos). Em 2015, foram exportados US$ FOB 351,4 milhões (queda estimada de 14% em relação ao ano anterior). Em 2016, os embarques somaram US$ FOB 236,3 milhões, 33% a menos quando comparado com 2015, o menor valor dos últimos seis anos. Já as importações de pet food para cães e gatos têm quadro mais estável entre os dois últimos anos. Em 2016, o país importou 1,6% a mais do que em 2015, passando de US$ FOB 6,6 milhões para US$ FOB 6,7.
Mesmo atravessando instabilidades econômicas, o Brasil, com 132 milhões de animais estimação, ainda é um dos principais países do mercado pet mundial situando-se em terceiro lugar, e representando 5,3% de um total de US$ 102,2 bilhões em 2015. A estimativa é que o cenário tenha crescido 1,9%, chegando a US$ 104,1 bilhões no último ano. Os Estados Unidos continuam a liderar a lista, com 42% do faturamento total, seguidos por Reino Unido (6,7%), Brasil, Alemanha (5,1%), França e Japão (ambos 4,6%), Itália (3,1%), Austrália (2,6%), Canadá (2,5%) e Rússia (2,1%). Os dados são da Euromonitor International.
Fonte: A.I., adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.