Será que os sons do ambiente são capazes, por exemplo, de acalmar o pet? Um estudo publicado na revista Physiology & Behavior mostrou que cães expostos à música clássica passaram mais tempo deitados e em repouso, comportamento associado à redução de estresse em abrigos.
Assim, se você já deixou a televisão ligada para o seu cachorro não se sentir sozinho, essa prática pode, realmente, fazer sentido.

Como comentado pelo empreendedor do setor pet, André Faim, a proposta vai além de apenas “entreter”. A programação contínua tem como base princípios da musicoterapia e do enriquecimento ambiental. Essas práticas já são utilizadas em clínicas veterinárias, abrigos e creches, e que agora ganham espaço dentro de casa.
“O som certo acalma, o ritmo certo relaxa. Quando a gente fala de bem-estar animal, cada detalhe conta. Não é sobre distrair o pet, é sobre criar um ambiente mais seguro e equilibrado para ele”, afirma.
Som pet-friendly
Sons como o barulho da rua, a solidão quando os tutores saem para trabalhar e até ruídos domésticos como aspiradores ou fogões podem ser gatilhos de ansiedade para muitos cães. Assim, o uso de vídeos com elementos visuais neutros e trilhas sonoras contínuas é uma forma de suavizar esse impacto e promover conforto. “E tem mais gente olhando para isso: empresas de tecnologia já estão investindo em soluções audiovisuais que se conectam com a rotina do pet — seja para mantê-lo calmo, entretido ou para criar transições mais suaves entre momentos do dia”, comenta Faim.
Em lares cada vez mais adaptados aos pets, já é comum encontrar programações de TV, playlists sonoras específicas para cães, sensores com estímulos controlados por horário e iluminação suave conectada ao som ambiente.. “Transformar a casa em um espaço acolhedor para o pet é uma extensão do cuidado. A gente já faz isso com crianças, por que não com os animais que também fazem parte da família?”, pontua Faim.
Na medida certa

Trilhas instrumentais, paisagens com movimentos suaves e vídeos com padrões pensados para não gerar agitação são peças fundamentais para transformar o tempo que o animal passa sozinho em uma experiência mais confortável e positiva. “A TV+PET é uma boa opção para isso, que também ajuda os tutores. Um pet menos ansioso é um pet mais fácil de lidar, com menos latidos, menos tensão e mais qualidade de vida no convívio com a família”, pontua.
Faim comenta que esse tipo de cuidado também pode ajudar no processo de socialização e educação comportamental. Ao reduzir a ansiedade, o animal se torna mais receptivo a interações e comandos, o que facilita o adestramento e a convivência com visitas, crianças ou outros animais. “O bem-estar emocional do pet é a base para tudo. Quando ele está calmo e se sente seguro, tudo flui melhor: desde a alimentação até o momento do passeio”, conclui.
Fonte: André Faim, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ
Sons ambientes realmente ajudam a acalmar os pets?
Sim. Estudos mostram que sons como música clássica ajudam a reduzir o estresse em cães, promovendo mais tempo de descanso e relaxamento.
Que tipos de som são indicados para o bem-estar dos pets?
Trilhas instrumentais suaves, sons contínuos e vídeos com movimentos calmos são ideais para criar um ambiente acolhedor e equilibrado.
Deixar a TV ligada pode ajudar o pet a se sentir menos sozinho?
Sim. Programações pet-friendly, com som e imagem pensados para os animais, podem reduzir a ansiedade e melhorar o comportamento enquanto estão sozinhos.
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