Estudos recentes têm mostrado que a presença de animais de estimação em hospitais e clínicas pode trazer benefícios significativos tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. A ideia de incorporar pets no ambiente hospitalar, embora ainda limitada no Brasil, tem ganhado força devido aos efeitos positivos sobre o bem-estar emocional dos pacientes. Com base na abordagem “One Health”, que enfatiza a conexão entre saúde humana, animal e ambiental, a presença de animais pode ajudar a reduzir o estresse, melhorar a comunicação entre pacientes e equipes médicas, e até mesmo aumentar a adesão ao tratamento. “A interação com os animais pode criar uma atmosfera mais leve e acolhedora, essencial para o tratamento físico e mental dos pacientes”, explica um dos especialistas da área.
Embora os benefícios sejam claros, a implementação de políticas pet-friendly em hospitais e clínicas de saúde enfrenta desafios, especialmente em relação aos riscos de transmissão de doenças e aspectos logísticos, como a higiene e segurança. Alguns hospitais, como o Juravinski Hospital, no Canadá, já têm protocolos que permitem a visita de animais a pacientes internados, com medidas específicas para garantir a saúde dos pets e dos pacientes. No Brasil, iniciativas semelhantes começam a surgir em locais como São Paulo, onde a visitação de pets em hospitais segue regulamentos específicos. A criação de ambientes pet-friendly também exige treinamento da equipe de saúde para lidar com questões comportamentais, como alergias e fobias de animais, garantindo que todos os pacientes se sintam confortáveis e seguros.
Além disso, ao integrar os pets no processo de atendimento, os profissionais de saúde também se beneficiam da redução do estresse e da sobrecarga emocional. A simples interação com os animais pode amenizar os efeitos do burnout, um problema crescente entre os profissionais da área da saúde. Contudo, para que esses benefícios sejam plenamente aproveitados, é essencial que as políticas pet-friendly sejam cuidadosamente planejadas e implementadas. Isso inclui a definição de protocolos claros sobre onde os animais podem circular e com quem podem interagir, bem como a exigência de laudos veterinários para garantir a saúde dos animais participantes.

O conceito de “saúde integral” tem sido defendido por especialistas, considerando os benefícios da presença de animais de estimação não apenas para os pacientes, mas também para a sociedade como um todo. Com o crescente número de tutores de animais no Brasil, que é a terceira maior população pet do mundo, fica claro que os pets desempenham um papel fundamental no bem-estar das pessoas. A inclusão de pets nos serviços públicos de saúde pode ser uma maneira de humanizar ainda mais o atendimento, oferecendo uma abordagem mais inclusiva e acolhedora. A implementação dessas políticas, no entanto, deve ser gradual, respeitando os protocolos de saúde e segurança necessários.
Por fim, a presença de animais de estimação nos ambientes de saúde também pode atender a uma necessidade crescente da população, especialmente de grupos vulneráveis, como pessoas com transtornos psicológicos ou tutores de pets em situação de rua, que muitas vezes enfrentam barreiras para acessar serviços médicos e psicológicos. Para esses grupos, a possibilidade de estar com seus animais durante o tratamento pode ser fundamental para garantir o acesso à saúde. A iniciativa, se bem executada, pode transformar os serviços de saúde, tornando-os mais eficazes e acessíveis para um maior número de pessoas.
Fonte: The Conversation, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ – Terapia Pet em ambientes de saúde
1. Quais são os benefícios da presença de pets em hospitais e clínicas?
A presença de animais de estimação em hospitais pode oferecer uma série de benefícios emocionais tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. Para os pacientes, os pets podem reduzir o estresse, melhorar a comunicação com a equipe médica e até aumentar a adesão ao tratamento. Além disso, os animais podem criar um ambiente mais acolhedor e humano, essencial para o bem-estar físico e mental. Como destaca um especialista da área, “a interação com os animais pode criar uma atmosfera mais leve e acolhedora, essencial para o tratamento físico e mental dos pacientes”.
2. Quais os desafios na implementação de políticas pet-friendly nos hospitais?
Embora os benefícios sejam evidentes, a implementação de políticas pet-friendly enfrenta desafios, como os riscos de transmissão de doenças, higiene e segurança. Em alguns hospitais internacionais, como o Juravinski Hospital no Canadá, há protocolos rigorosos para permitir a visitação de animais, com cuidados específicos para proteger tanto os pacientes quanto os pets. No Brasil, essas iniciativas ainda são recentes, mas já estão ganhando força, como no caso de hospitais em São Paulo. A criação de um ambiente pet-friendly exige também o treinamento da equipe de saúde para lidar com possíveis fobias, alergias e questões comportamentais de animais.
3. Como a presença de animais pode beneficiar os profissionais de saúde?
Além de ajudar os pacientes, os animais de estimação também têm um impacto positivo na saúde mental dos profissionais de saúde. A interação com os pets pode reduzir o estresse e aliviar o burnout, um problema crescente entre os trabalhadores da saúde. A simples presença dos animais no ambiente hospitalar pode proporcionar uma sensação de alívio e contribuir para uma atmosfera mais relaxada, o que melhora a qualidade do atendimento. No entanto, é importante que as políticas pet-friendly sejam bem planejadas, com protocolos claros sobre o manejo dos animais e a interação com os pacientes.
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