A Boehringer Ingelheim lança o alerta para o Março Amarelo, mês de conscientização para tutores e médicos-veterinários sobre a Doença Renal Crônica (DRC), enfermidade que atinge 34% a 50% dos gatos de meia idade e idosos. A medida faz parte de uma campanha da empresa de conscientização sobre a importância de realização de check-ups frequentes e vacinação correta dos pets.
De acordo com a veterinária e especialista da Boehringer Ingelheim, Karin Botteon, a DRC se define pela presença de anormalidades funcionais e estruturais dos rins dos felinos que persistem por mais de três meses. As causas variam, como a apresentação de anormalidades congênitas, pielonefrite, doença imunomediada, cálculos, hipercalcemia, neoplasias, entre outras.
“A Doença Renal Crônica é uma doença silenciosa, os gatos não apresentam sintomas por um longo tempo e na maioria das vezes já está muito avançada quando os sintomas são identificados. Quanto mais cedo iniciado o tratamento, podemos oferecer mais tempo e qualidade de vida ao gato”, destaca Karin.
Os sinais clínicos apresentados mais comuns são: poliúria primária, polidipsia compensatória, inapetência, perda de peso e letargia. Em estágios mais avançados da doença, podem ocorrer sinais relacionados ao trato gastrointestinal, como vômitos, úlceras orais, halitose e constipação. Alguns dos sinais que o tutor pode identificar são o aumento da sede, aumento da urina, apatia, fraqueza, pelo eriçado e perda de peso.
“O principal problema que identificamos é que os tutores não levam seus pets ao veterinário com frequência, e quando os gatos apresentam sintomas, a doença já está em estágio avançado. Por isso, é muito importante fazer checagens regulares para verificar se o seu gato está com DRC mesmo que ele aparente estar saudável. Apesar de não ter cura, a doença não impede que seu gato viva com qualidade de vida e bem-estar quando diagnosticada cedo e tratada corretamente. O acompanhamento do médico veterinário é fundamental para evitar a progressão da doença, que chega a uma taxa de mortalidade de até 57%”.
Caso o animal tenha DRC, o veterinário responsável pela sua saúde vai identificar a presença da doença baseado principalmente no histórico e em exames físico, de sangue e de urina. Os marcadores utilizados para avaliar a função renal são a ureia e a creatina, mensurados pelo exame de sangue. Com relação à perda de proteína pelos rins, é necessário avaliar a relação da proteína/creatinina urinária. A proteinúria, em especial, contribui significativamente com a progressão da DRC, além de diminuir a expectativa de vida dos gatos com a doença, por isso é tão importante detectar esta alteração o quanto antes.
Tratamento para DRC
De acordo com a veterinária e gerente da Área de Pets da Boehringer Ingelheim, Juliana Goldschmidt, ao diagnosticar o gato com DRC, o tutor tem a opção de realizar o tratamento com o Semintra, único produto para DRC no mercado brasileiro, que bloqueia o receptor de angiotensina para uso na medicina veterinária. Tem como princípio a telmisarta, que tem função renoprotetora. “É um medicamento único no Brasil, que reduz a progressão da doença e aumenta a expectativa de vida do animal. Se o gato for diagnosticado com DRC, é importante que o tutor converse com o médico veterinário sobre as melhores formas de tratamento e siga fazendo check-ups frequentes para acompanhamento da doença”, afirma.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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