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Pets e Curiosidades

Veterinário destaca riscos de hipertermia e desidratação em pets durante o calor

Estresse térmico pode causar alterações respiratórias, cardiovasculares, renais, gastrointestinais, entre outras
Por Cláudia Guimarães
calor
Por Cláudia Guimarães

As mudanças climáticas observadas nas últimas décadas, especialmente as altas temperaturas e o grande volume de chuvas, influenciam diretamente na qualidade de vida não só dos seres humanos, mas, também, dos animais. Mas, quais os danos que este clima pode, de fato, causar em cães e gatos?

O médico-veterinário do Departamento de Clínica Médica e do Serviço de Infectologia, do Grupo Pet Care, Fabio Navarro Baltazar, comenta que o estresse térmico pode representar o gatilho para alterações respiratórias (especialmente em animais braquicefálicos e com sobrepeso), cardiovasculares, renais, gastrointestinais, entre outras. “Ainda, a elevação da temperatura corpórea de maneira excessiva, em cães, pode desencadear uma condição clínica denominada ‘hipertermia maligna’, responsável por consequências graves em diversos sistemas, incluindo o sistema nervoso central”.

Segundo ele, animais com afecções cardiovasculares e renais prévias podem cursar de maneira desfavorável sob tais circunstâncias bioclimatológicas, principalmente pela vasodilatação e desidratação resultantes, fatos que impactarão diretamente sobre o trabalho cardíaco e a perfusão renal, respectivamente. “Ainda, em animais com enfermidades respiratórias prévias, como doenças crônicas bronquiais e pulmonares, há a possibilidade de alterações no padrão respiratório, usualmente desencadeando dificuldade respiratória e quadros tussígenos. Estas situações clínicas (previamente conhecidas) podem ser agravadas mediante a ocorrência de hipertermia, conforme citado acima”, indica.

Ao notar qualquer sinal de estresse térmico, tutor deve procurar um médico-veterinário (Foto: reprodução)

Sinais de hipertermia

Baltazar explica que a hipertermia, quando excede cerca de 39,5°C em cães e 39,8°C nos felinos, pode induzir manifestações clínicas como:

  • Aumento nas frequências cardíaca e respiratória;
  • Alterações na coloração de mucosas (como hipercoloração, descoloração e o “amarelamento”, tecnicamente denominada “icterícia”);
  • Vômitos e diarreias (podendo haver sangue);
  • Salivação excessiva;
  • Prostração intensa;
  • Fraqueza;
  • Incoordenação motora e desmaios (resultantes de desidratação);
  • Convulsões;
  • Dificuldade respiratória.  

“Ao observar esses sinais em cães e gatos, é fundamental buscar a orientação de um médico-veterinário”, encerra.

FAQ

Como as mudanças climáticas afetam a saúde de cães e gatos?
As altas temperaturas e o aumento do volume de chuvas podem impactar diretamente a saúde dos pets, causando estresse térmico e agravando condições respiratórias, cardiovasculares, renais e gastrointestinais. Em casos mais graves, o calor excessivo pode levar à hipertermia maligna.

Quais são os principais sinais de hipertermia em cães e gatos?
Os sinais incluem aumento da frequência cardíaca e respiratória, alterações na coloração das mucosas, salivação excessiva, vômitos e diarreia (às vezes com sangue), prostração intensa, fraqueza, incoordenação motora, desmaios, convulsões e dificuldade respiratória.

Quais pets são mais vulneráveis às altas temperaturas?
Animais braquicefálicos (de focinho curto, como buldogues e pugs), com sobrepeso, idosos ou aqueles com doenças cardiovasculares, respiratórias ou renais prévias são mais sensíveis ao calor.

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