A dieta dos animais, assim como a dos seres humanos, precisa ser balanceada e nutritiva. Uma alimentação pobre em nutrientes pode resultar em doenças, como obesidade, dermatite, queda frequente de pelos, diabetes e tumores. Além disso, os aditivos e conservantes das rações industrializadas podem causar alergias, gastrite, coceiras constantes, provocando ferimentos e lesões na pele em alguns pets.
As comidas caseiras devem ser oferecidas aos cães e gatos de forma moderada, de acordo com o seu peso e a quantidade calórica que necessita. De acordo com a zootecnista doutora em nutrição animal e professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Maurício de Nassau Recife (Uninassau), Michelle Siqueira, a dieta do animal precisa conter proteínas, como ovos, peixes, frangos grelhado, cordeiros e carnes. “Também é necessário incluir carboidratos e fibras nas refeições. Algumas opções são batata doce, arroz integral e legumes. Frutas ricas em água e nutrientes, como peras, melancias, maçãs, melões, mamões, laranjas e bananas, servem de petiscos”, indica.
Muitos alimentos devem ser evitados por serem tóxicos, gordurosos ou de difícil digestão. “Esse é o caso da cebola, do alho, leite, pão e chocolate. Também existem algumas frutas proibidas, como a folha, caroço ou casca do abacate, uva, uva-passa, carambola e cereja. Os animais de estimação jamais devem ingerir comidas temperadas, pois contém açúcar e uma quantidade elevada de sódio. Esses ingredientes são extremamente perigosos para eles”, salienta.
Michelle ainda afirma que é fundamental o acompanhamento de um médico-veterinário ou zootecnista para a mudança dos hábitos alimentares dos pets. “A suplementação alimentar precisa ter acompanhamento profissional, pois interfere no bem-estar e na saúde deles. Um dos benefícios das comidas caseiras é poder variar o cardápio e planejar de forma adequada as refeições. Além disso, os alimentos precisam ser servidos frescos e preparados diariamente conforme a condição do animal”, explica.
Ela também destaca que o tutor deve preparar o cardápio com o máximo de cuidado, oferecendo os alimentos de acordo com o peso e tamanho do pet. “Essas refeições podem ser feitas duas ou três vezes por dia, deixando-as à disposição por, no mínimo, 30 minutos até o seu consumo. No caso de animais castrados ou com problemas de saúde, eles precisam ter uma dieta com algumas vitaminas especificas”, sugere.
Dar início a uma dieta longe de alimentos industrializados é um desafio imenso na rotina dos tutores e na mudança de vida do pet, como comentado pela profissional: “Porém, é preciso enfrentar esse desafio para trazer uma melhora na qualidade de vida dos animais de estimação”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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