Dietas à base de carnes cruas tornou-se tendência na alimentação de cães e gatos e têm ganhado cada vez mais adeptos sob a alegação de ser mais “natural” ou “biologicamente apropriada”. O principal objetivo dos tutores e empresas fabricantes é simular a alimentação natural dos lobos ou felinos selvagens, oferecendo aos cães e gatos domésticos uma dieta semelhante à de seus ancestrais. De forma geral, tais dietas são constituídas por carnes e vísceras cruas, com ou sem ossos e quantidades mínimas ou nenhuma de vegetais.
A microbiota intestinal é formada por uma variedade de microrganismos, principalmente bactérias e, quanto maior a diversidade de espécies, mais saudável é considerada esta microbiota. A análise de microbiota fecal é internacionalmente aceita como método de avaliação representativa da microbiota intestinal de cães e gatos e tem demonstrado que Firmicutes, Bacteroidetes e Fusobacterias são os três principais filos bacterianos encontrados em cães e gatos saudáveis, sendo encontrados também Proteobacterias e Actinobacterias, porém em menores concentrações. Dentre outros fatores, alterações na composição dos macronutrientes da dieta podem resultar em modificação da microbiota fecal, principalmente os níveis de proteína. Estima-se que a contribuição proteica no conteúdo energético das dietas de cães, por exemplo, seja de aproximadamente 49% e 25% para as dietas ancestrais e comerciais extrusadas, respectivamente. Logo, as dietas ancestrais fornecem substratos diferentes quando comparados com os alimentos secos comerciais e, portanto, uma mudança na microbiota intestinal é esperada.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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