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Destaques, Pets e Curiosidades

Retrospectiva: Entre os temas mais lidos de 2021, saúde mental e bem-estar animal se destacam

Por Equipe Cães&Gatos
retrospectiva 2021
Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, em casa

claudia@ciasullieditores.com.br

Às vezes, você não tem a sensação de deitar a cabeça no travesseiro, depois de um dia intenso de trabalho, fechar os olhos e ser acordado pelo despertador que parece que tocou cinco minutos depois que você dormiu? Pior é quando esse sentimento é em relação ao ano: você piscou e 2021 já acabou – ou, pelo menos, quase, já que estamos em seus últimos dias.

Para garantir que, entre uma consulta e outra ou entre um carinho em seu cão e uma esnobada de seu gato, você não perdeu nenhuma das reportagens mais acessadas aqui de nosso portal de notícias, separamos abaixo os dez conteúdos mais curtidos por nossos leitores e seguidores durante todo o ano.

Acumuladores de animais. Nessa reportagem, citamos o caso de uma residência que abrigava 52 felinos, causando incômodo a outros condôminos. A Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou que os tutores deveriam, então, limitar em cinco o número de gatos que criavam em um apartamento.

Segundo a veterinária Evelynne Marques de Melo, os prejuízos oriundos do acúmulo de animais em residências vêm em consequência dos modos de manutenção destes animais pelas pessoas: “Como, por exemplo, deficiências na higienização do ambiente físico onde os animais se encontram, inadequação no destino das fezes e urina, manutenção de animais sem as profilaxias de doenças (como vermifugação e vacinação), manutenção de animais doentes junto com animais saudáveis e a facilitação em gerar situações que extrapolem doenças dos animais às pessoas do convívio, como é o caso de inúmeras zoonoses”, explica. Confira aqui.

Marcação na orelha de gatos. Uma das etapas do método de Captura, Esterilização e Devolução (CED) dos animais em situação de rua, é a marcação na orelha, principalmente de gatos. Essa espécie, por ser mais arisca, precisa de algo que seja fácil de identificar de longe se determinado animal já é castrado ou não, a fim de evitar um estresse desnecessário de nova captura do mesmo.

Esse “picote” em uma das orelhas, é feito enquanto o animal ainda está inconsciente, sob efeito da anestesia da cirurgia de castração. No entanto, alguns protetores da causa animal se mostram contra esse procedimento e alegam ser uma forma de mutilação. A veterinária Keila Jimenez Torrico observa que, geralmente, qualquer coisa relacionada aos animais é apontada, pelos protetores, como maus-tratos, mesmo que não tenham conhecimento da técnica envolvida nos procedimentos. “Sou a favor da marcação na orelha de gatos, principalmente em cidades pequenas, onde não há divulgação de trabalhos de ONGs fortes. Leia a matéria.

O possível fim da reprodução de raças braquicefálicas foi um dos conteúdos mais acessados (Foto: reprodução)

Fim da reprodução de braquicefálicos. Veterinários, estudantes de Medicina Veterinária e outros profissionais do setor de diversos países se uniram na iniciativa “Vets against brachycephalism” (Veterinários contra braquicefalismo), que é contra a reprodução de raças braquicefálicas de cães, gatos, coelhos e cavalos.

A equipe web da C&G VF conversou com a cirurgiã veterinária, autora e fundadora da iniciativa Veterinários contra braquicefalismo, Dra. Emma Milne. “Os veterinários mandam e-mails para ela ‘de partir o coração’, com relatos sobre tentativas de ‘consertar’ esses animais diariamente. Vários dos cães não podem se reproduzir naturalmente, então, estão se apegando à existência por meio de intervenções. Além disso, precisam de várias cirurgias para as muitas doenças e problemas que eles têm ao longo de suas vidas”, observa. Relembre a reportagem.

Saúde mental de veterinários brasileiros. A taxa de suicídio na Medicina Veterinária surgiu a partir de várias pesquisas internacionais, que constataram que o médico-veterinário tem um alto índice de suicídio, quando comparado a outras profissões e a população em geral.

A psicóloga clínica e presidente da Associação Brasileira em prol da Saúde Mental na Medicina Veterinária (Ekoa Vet), Bianca Stevanin Gresele, indica que vários motivos podem levar algum veterinário ao suicídio. “Geralmente, é uma tentativa de acabar com o próprio sofrimento e com as pressões externas, como culpa, cobranças, sobrecarga, sensação de fracasso, tristeza intensa e humilhação. Além disso, normalmente, também está associado a um quadro de doença mental, como a depressão”, enumera a profissional que chama atenção para a falta de pesquisas a ações acerca do tema para veterinários do Brasil, já que todos os estudos existentes são elaborados em outros países. Clique aqui.

Década de restauração de ecossistemas da ONU. No Dia dos Animais (04 de outubro), entrevistamos o biólogo mestre em Zoologia, Carlos Leandro Firmo, que comenta um pouco sobre a proposta da Organização das Nações Unidas e o que ela traz de benefícios aos animais, nossos homenageados do dia.

Na opinião do biólogo, infelizmente esta ação conjunta chegou com algumas décadas de atraso. “Estamos com o ‘alerta vermelho ligado’, a oportunidade de prevenir os estragos passou, agora, estamos lidando com o momento de restaurar, pois o problema chegou a níveis alarmantes. Mas, como costumo parafrasear um grande amigo professor, vamos utilizar a ‘fofofauna’ para educar e sensibilizar! É por meio dos nossos animais que vamos despertar as pessoas para o grande problema ambiental que assola nosso planeta”, declara o profissional que conclui: “Gosto sempre de lembrar que estamos em uma nave que, em caso de pane, não existe saída de emergência”. Acesse aqui.

Injeção anti-cio. Os fármacos anticoncepcionais, popularmente conhecidos como injeções anti-cio, são potenciais facilitadores de problema à saúde das cadelas e gatas. “Todos os efeitos colaterais do uso inadvertido destes fármacos hormonais são preocupantes, porque, rapidamente, se agravam e são dependentes de tratamentos médicos, cirúrgicos e intensivos de alto custo e alto risco”, esclarece a veterinária Evelynne Marques de Melo.

O fácil acesso e o preço do medicamento são, na visão do veterinário Diogo Câmara, os facilitadores da procura dos tutores por essa droga. “Além disso, na forma injetável, é necessária uma única dose, tornando-se também prático quando comparado a forma oral (comprimidos), principalmente quando consideramos os felinos”, avalia. Leia o conteúdo.

Animais comunitários x animais abandonados. Tende-se a pensar que todos os animais vistos nas ruas estão abandonados, mas o que, de fato, pode estar acontecendo é o contrário. A geógrafa e médica-veterinária, Evelynne Hildegard Marques de Melo, explica que os animais comunitários permanecem vivendo em ambientes livres sem um tutor específico, mas com vínculo com pessoas de comunidades para comer e receberem cuidados básicos. Ela ainda informa que muitos cães e gatos já nasceram nas localidades e, por isso, conseguem se adaptar com mais facilidade.

Com a ajuda da comunidade na vida desses animais, os mesmos recebem respaldo, auxílio na harmonia e fortalece vínculos de cuidado das pessoas com os bichos. Isso difere os animais comunitários dos animais abandonados, que não possui nenhum vínculo a locais e humanos. Clique neste link.

Câncer de próstata. O cão é a única espécie, exceto a humana, que desenvolve espontaneamente o câncer de próstata, tema de nossa reportagem especial de Novembro Azul de 2021. De acordo com o médico-veterinário, especializado em reprodução, obstetrícia e neonatologia de cães e gatos, Vinicius Ribeiro da Silva, os carcinomas prostáticos invadem, frequentemente, os ossos, a bexiga, o cólon e os tecidos adjacentes por meio de extensão direta. Além disso, outras áreas podem ser alvos de metástase, como: fígado, baço, rins, coração e glândulas adrenais. Quando presentes no tecido ósseo, podem promover dor ou fraturas patológicas”, informa.

Tendo em mente que a prevenção pode ser o melhor remédio, o veterinário destaca: “Proporcionar qualidade de vida, alimentação saudável e equilibrada, atividade física, como jogar bolinhas e passeio no parque, e check-ups periódicos, que incluem palpação retal nos animais, são dicas valiosas para prevenção dos problemas prostáticos e um diagnóstico precoce das neoplasias prostáticas, aumentando as chances de sucesso no tratamento e prognostico”, encerra. Saiba mais sobre o assunto.

O luto pela perda de um animal é desmerecido por alguns. Por outro lado, muitos reconhecem essa dor e buscaram por esse conteúdo
(Foto: reprodução)

Luto pela perda de um pet. Esse é um dos – se não for o maior – desafios de quem tem um animal de estimação: a sua partida. Essa jornalista que vos escreve perdeu uma gata, no fim deste ano, e sabe bem sobre a dor que isso pode causar, principalmente quando a morte vem acompanhada da decisão da eutanásia.

Na visão da médica-veterinária que atua na Associação Brasileira em prol da Saúde Mental na Medicina Veterinária – Ekôa Vet, Andrea Barboza, o luto por animais de estimação é conceituado como um luto não reconhecido ou não autorizado. “Isso é, esse tipo de luto é um tema considerado tabu quando comparado ao luto por morte, pois é reforçado pelo não reconhecimento dos familiares e da sociedade diante de uma perda. Esse tipo de luto, normalmente, não é validado, impedindo que a dor seja expressa e, dessa forma, reforçando que o sofrimento permaneça mudo”, expõe.

“É só um animal” e “é só colocar outro no lugar” são as frases mais comuns utilizadas por pessoas que só se manifestam para desmerecer o sofrimento do tutor enlutado. Confira a matéria.

Número de animais abandonados. De acordo com a médica-veterinária Otávia Augusta de Mello, vários são os fatores que causam o abandono dos animais, principalmente a falta de planejamento no momento de adotar um cão ou gato. Depois da impulsividade, os novos tutores se arrependem e acabam, por algum motivo, abandonando esses pets.

A profissional ainda lembra que a pandemia Covid-19 causou um impacto social e econômico profundo em todo o planeta e, por isso, foram frequentes os casos de cães e gatos abandonados, principalmente quando seus tutores faleceram em decorrência da doença e os familiares optaram por não mais cuidar dos animais de estimação. “Os animais podem apresentar sintomas de depressão, assim como nós: apatia, anorexia, distúrbios de sono e baixa de imunidade que podem ocasionar outras doenças”, relata a profissional que afirma: “Estes distúrbios de comportamento ou de saúde, por conta do estresse do abandono, aumentam a dificuldade da recolocação destes animais para um novo lar e podem, até mesmo, abreviar a vida deles”. Acesse neste link.

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