Assim como nós, os animais precisam de estímulos para se manterem saudáveis, fisicamente e emocionalmente. Mesmo sendo seres livres de julgamentos, rancor ou quaisquer outras emoções prejudiciais, eles também podem sofrer com depressão, desânimo, estresse, ansiedade, entre outros problemas de ordem mental e emocional.
Os comportamentos depressivos desenvolvidos em animais estão diretamente ligados à conduta do tutor. Segundo a médica-veterinária e diretora do grupo Vet Popular, Caroline Mouco, todo animal, principalmente os cães, precisam de estímulos regulares como passeios, brincadeiras e todos, sem exceção, uma boa alimentação. “Parecem coisas bobas aos olhos do tutor, mas o animal depende muito desses estímulos para ativar os hormônios responsáveis pelo humor e alegria”, comenta.
Segundo a veterinária, os cuidados começam pela alimentação. Um animal que não se alimenta adequadamente pode desenvolver problemas de saúde pela falta de ingestão de vitaminas essenciais para o bom funcionamento fisiológico, afetando os órgãos do animal, causando problemas grastrointestinais, cardíacos, oftalmológicos e neurológicos. O mau funcionamento destes órgãos podem causar problemas emocionais.
Outro gatilho bem comum e um dos mais nocivos é a solidão. Muitas famílias vivem uma nova configuração e optam por pets no lugar de filhos por conta do tempo e dos compromissos, achando que o animal vive bem sozinho, porém, a solidão que muitos animais enfrentam durante o dia pode desenvolver crises de ansiedade e depressão neles. “Os animais esperam o dia todo pela nossa companhia e atenção. São extremamente carentes, por isso, deixá-los sozinhos por muito tempo pode gerar crises de ansiedade”, afirma Caroline.
A qualidade do tempo que o tutor dedica ao animal é tão importante quanto a quantidade. Não basta estar no mesmo ambiente que ele, é preciso dedicar atenção, com brincadeiras, passeios e educação.
Embora o diagnóstico de um quadro depressivo só possa ser feito por um veterinário, existem alguns sinais de fácil identificação de que algo está errado com o animal como: alta frequência de latidos, respiração ofegante, calda encolhida, tremores, lamber e morder alguma parte do seu corpo como patas ou rabo, dermatites, perda de peso, falta de apetite, além de pouca disposição para brincadeiras e passeios. Em alguns casos é possível que o animal tenha que fazer uso de medicamentos e terapias, mas o mais importante é a participação ativa do tutor na vida do pet. “Para que o animal não se torne dependente do tutor, é fundamental o adestramento e a criação de uma rotina”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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