Os animais, assim como os humanos, também conseguem se comunicar. O diálogo é, principalmente, visual, onde eles observam as posturas corporais e expressões faciais. A comunicação auditiva também está presente, aos sons de latidos e vocalizações, além da olfação. Para entendermos melhor sobre o assunto, a responsável pelo serviço de etnologia da Faculdade de Veterinária da Universidade Autônoma de Barcelona, Marta Amat Grau, explica em detalhes como funciona essa transmissão entre os animais.
No caso dos cães, a prioridade é a comunicação visual, acompanhada de vocalizações. Por exemplo, utilizam uma linguagem ritualizada composta por postura ofensiva (corpo vertical, membros estendidos, cauda para cima, orelhas para cima) e postura defensiva (oposta à anterior). Tudo isto pode ser acompanhado por vocalizações e expressões faciais.
Apesar da comunicação olfativa também ser importante para os cães, essa característica é mais forte nos felinos. Por meio do olfato, os gatos evitam encontros diretos com outros animais, deixando sinais com as unhas e até com a urina.
Segundo Marta Amat Grau, o único problema de compreensão pode ocorrer durante o período de desenvolvimento, que é chamado de socialização. A responsável revela que, no caso dos cães, é preciso que eles tenham contato com outros indivíduos da sua espécie, caso isso não aconteça, eles podem não aprender as linguagens.
Já para com outros animais, a comunicação é semelhante: “No geral, em todas as espécies sociais, a linguagem visual é mais importante: posturas, expressões faciais e vocalizações. E para as espécies menos sociais, a comunicação olfativa é, geralmente, mais importante”, conclui.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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