Cláudia Guimarães, da redação
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Quem já tem sabe que eles são parceiros incomparáveis e quase que insubstituíveis; quem procura por um, está em busca, exatamente disso: de uma parceria agradável que vai perdurar por longos anos. Neste 14 de março, Dia Nacional dos Animais, vale destacar, acima de tudo, que a importância de o futuro tutor entender as necessidades dos pets antes de adotar é tão grande quanto os cuidados que ele terá de ter ao longo da vida desse animal.
A médica-veterinária especializada em Clínica Médica de cães e gatos e clínica geral do Veros Hospital Veterinário, Cintia Ghorayeb, comenta que o tutor precisa pensar como será a convivência nos próximos 12 a 16 anos, que é o tempo, em média, de vida de um cão e gato. “Precisa entender que terão compromissos com seu pet, como garantir acolhimento, tratamentos médicos, assim como prevenção de doenças zoonóticas (transmitidas entre animais e pessoas), vacinações anuais e alimentação. Eu gosto de conscientizar, também, que os gastos não são poucos ao longo da vida. Eles irão envelhecer e adoecer e, nesse momento, precisarão do tutor mais do que nunca”, destaca.
Portanto, a veterinária lista que os itens básicos que garantem a saúde ideal para cães e gatos são: alimentação de qualidade, ambiente adequado às necessidades do pet, vacinação e consultas anuais com médico-veterinário e prevenção de parasitas, como pulgas e carrapatos continuamente. “Dando mais ênfase à nutrição, assim como para nós, humanos, uma boa dieta garante a saúde do paciente, previne obesidade e, inclusive, é um recurso importante na doença do pet. Dependendo do que o animal tem, ajustamos a dieta para doença em curso, diminuindo processos inflamatórios e sobrecargas para o metabolismo”, explica.
Além de saúde, bem-estar!
Os tutores devem, sim, estar atentos à saúde dos animais e evitar que estes sofram por qualquer doença ou desconforto. Mas, além disso, o bem-estar também deve ser observado e garantido aos cães e gatos para que nada interfira na saúde do corpo. “Todo organismo em situação de estresse, seja por doença, por ambiente inadequado, por má qualidade de sono ou de alimento, libera enzimas inflamatórias que são degenerativas para as células do corpo. Quando cuidamos do corpo sadio ou das doenças de forma completa, diminuímos o estresse oxidativo do organismo e o resultado, a longo prazo, é a diminuição do efeito deletério das doenças crônicas, o que prolonga a saúde como um todo”, salienta e adiciona como o tutor pode deixar a vida do pet mais feliz: “Com amor! E, sim, olhando para o animal como um todo, desde atenção e brincadeiras, passeios, alimentação e cuidado médico com qualidade”.
Essa e outras dicas são de fundamental importância na relação animal-tutor e devem ser passadas, a cada cliente, pelo médico-veterinário. “A principal orientação é ter um veterinário que faça Medicina Única, ou seja, que cuide da saúde clínica, do ambiente familiar e da prevenção clínica das doenças, fazendo check-ups completos conforme a fase da vida do animal. Acredito que os detalhes fazem muita diferença e que todo animal tem que ter um bom clínico geral”, argumenta.
Por fim, Cintia deixa um recado aos futuros tutores de cães e gatos: “Antes de adotar um animal, pense em posse responsável, que é acolher, cuidar, garantir saúde e alimentação por toda a vida. Não é obrigatório adotar um animal, mas, após fazê-lo, é lei cuidar deles até o fim! Avalie o tempo de vida, o estilo de vida necessário, o espaço, o tempo que você tem e se consegue pagar pelos custos da vida toda. Se a resposta for sim para tudo, é a melhor companhia que temos e a mais fiel”, finaliza.
