Ao longo dos anos, o Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina, organizado pelo Grupo Brasileish, teve sua relevância ampliada e isso se dá pela importância do tema trabalhado. Neste ano, a 24ª edição ocorreu nos dias 25 e 26 de novembro, na Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte (MG) e reuniu mais de 500 médicos-veterinários.
Durante os dois dias de simpósio, especialistas renomados compartilharam seus conhecimentos sobre diagnóstico, tratamento e medidas preventivas contra a leishmaniose em humanos e animais de companhia. Em muitas apresentações, a relevância das ações de saúde única e o papel do médico-veterinário na saúde pública foram destacados e insights adquiridos pelos profissionais, por vários anos, foram compartilhados com os participantes.
Conversamos com o médico-veterinário, sócio-fundador e ex-presidente do Grupo Brasileish, Fábio dos Santos Nogueira. Em relação à organização dessa edição do evento, Nogueira declara que a equipe ficou satisfeita ao ver a casa cheia, com mais de 500 participantes. “Todos os laboratórios que trabalham com leishmaniose estiveram presentes, o que nos deixou bastante felizes”, menciona.
Bastidores do evento
Ele afirma que a organização do evento conta com a colaboração de todos os membros do grupo, que auxiliam em diversas questões para que o simpósio seja realizado sem problemas. “Assim que uma edição termina, já começamos a organizar a próxima. Todos os anos, buscamos trazer as tendências, pesquisas e o que mais movimenta as dúvidas, tanto as nossas, quanto as dos pesquisadores de fora que se destacam na Europa”, informa.
(Foto: CG)
A médica-veterinária e nova presidente do Grupo Brasileish, Ingrid Menz, adiciona que, todo ano, o grupo convida palestrantes internacionais, promovendo uma troca enriquecedora de conhecimentos. “Desta vez, recebemos a Dra. Carla Maia, da Universidade Nova de Lisboa, de Portugal, o que facilitou a comunicação, dado o idioma compartilhado. Nos anos anteriores, ampliamos nossa visão ao receber profissionais de Israel, Estados Unidos, Espanha e, também, de Portugal, todos compartilhando suas pesquisas e palestras”, frisa.
Mas, como toda organização de evento chega com adversidades, para essa edição, Ingrid diz que enfrentaram desafios na coordenação de agendas, resultando em duas palestras realizadas por meio de videoconferência. “Essa adaptação se deu pela impossibilidade de alguns apresentadores estarem fisicamente presentes, mas acreditamos que foram, igualmente, bem-sucedidas. Nosso objetivo foi diversificar as áreas de conhecimento abordadas, trazendo especialistas dedicados ao estudo de parasitas, vacinas, quimioterápicos, tratamentos e aspectos clínicos. Procuramos abranger o amplo interesse dos veterinários em todas as áreas da Medicina Veterinária, considerando, também, aspectos relevantes para a saúde humana, pensando em oferecer um evento enriquecedor para todos os participantes”, reitera.
