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Veterinária cita estratégias para minimizar estresse felino na clínica veterinária

Profissional ainda comenta por que os gatos sofrem mais que os cães nas consultas
Por Cláudia Guimarães
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Por Cláudia Guimarães

Na ida ao médico-veterinário com gatos não dá para saber quem fica mais estressado: o pet ou o tutor. Isso porque os felinos, em geral, e diferentemente da maioria dos cães, tendem a manifestar níveis mais elevados de ansiedade e isso é atribuído a vários fatores, como territorialismo, desconfiança, medo, falta de socialização, entre outros.

A médica-veterinária Comportamental e Adestradora do Hospital Veterinário PetCare, pós-graduada em Etologia Clínica, pela Faculdade Qualittas, e certificada pelo Programa de Certificação Profissional Veterinária Fear Free,  Carolina da Luz Medeiros Moreira Cambraia do Carmo, comenta que a clínica veterinária é um local em que os pets não vão com tanta frequência e, quando vão, deparam-se com um contexto negativo. “Lá, os gatos sentem ‘cheiro de medo’ dos outros pets, recebem manipulações forçadas, toques em partes do corpo que não gostam (como olhos, patas, cauda, orelhas, boca, etc), levam picadas de agulha, dentre outros. Além disso, como os felinos possuem um instinto de autopreservação maior do que os cães, são mais afetados emocionalmente”, discorre.

Os felinos possuem um instinto de autopreservação maior do que os cães, por isso, são mais afetados emocionalmente (Foto: reprodução)

Como preparar o pet para evitar o estresse?

Carolina menciona que os tutores podem reduzir o estresse do pet à ida ao veterinário desde filhotinho. “Por que é que a primeira ida ao veterinário precisa ser para tomar uma vacina? Por que é que não podemos levá-lo apenas para conhecer o veterinário e ganhar um petisco do profissional e, assim, começar a desenvolver um vínculo positivo com o médico dele? Pois bem, visitas periódicas ao veterinário apenas para receber um carinho ou petisco já favorece o animal a associar a clínica a um local divertido e prazeroso”, recomenda.

Além disso, a profissional destaca alguns treinos de habituação e dessensibilização ao toque em diversas partes do corpo como aliados para que os pets não estranhem as manipulações na clínica. “É muito importante tocarmos bastante nas patas, nos dedos, nas orelhas, nos olhos, na boca, na cauda, na barriga dos gatos e, sempre ao tocar nessas partes, logo em seguida, devemos dar um petisco, fazer um carinho, dizer ‘muito bem’ com voz fofa. Dessa forma, construiremos uma associação positiva para que o pet compreenda que é muito legal permitir que haja essa manipulação”, ensina.

A veterinária também cita que é importante ensinarmos os gatos a ficarem calmos no veículo até a clínica. “Como? Primeiro, deixe seu pet se acostumar entrando no carro e cheirando-o. Em outro dia, faça o mesmo procedimento e ligue o motor, dê petiscos, não saia com o carro. No dia seguinte, comece a sair com o carro, mas fazendo trajetos curtos, recompense o pet com o que ele gosta: dê petiscos e elogie sempre que estiver tranquilo”, orienta.

Tanto o tutor, quanto o veterinário devem respeitar o limite dos gatos na hora do atendimento (Foto: reprodução)

Outra dica da profissional é levar os pertences do pet, como a caminha, cobertor mordedor/brinquedo preferido e petisco para que ele se sinta mais à vontade na consulta. “Tudo isso, juntamente com o uso de feromônios sintéticos, que são substâncias químicas liberadas no ambiente para que o pet se sinta tranquilo e dê conta de lidar com situações estressantes, são práticas que facilitam a visita ao veterinário. Mas, em casos mais graves de animais que possuem fobia ao carro/veterinário e/ou comportamentos agressivos (tentativas de mordida, arranhaduras), o mais adequado é contratar um veterinário comportamental para orientar. Além de todo esse manejo e dos treinos, o uso de uma medicação ansiolítica, que acalmará o pet, contribui para a segurança emocional e física tanto dele, quanto dos tutores e dos próprios veterinários que o manipulam”, salienta.

Respeitar os limites!

Carolina declara que para que o tutor e o veterinário respeitem o limite dos gatos, é imprescindível aprender a linguagem corporal felina. “Assim, saberemos qual a hora certa de poder manipular ou de respeitar e dar um breve tempo para o animal se recuperar para o próximo procedimento a ser feito, evitando estresse e lesões indesejáveis”, diz.

Alguns sinais indicam aos veterinários e tutores que o gato está estressado, segundo Carolina:

  • Corpo encolhido;
  • Costas arqueadas;
  • Cauda dobrada;
  • Pupilas dilatadas (redondas);
  • Orelhas para trás;
  • Assobiando.

“Os gatos que estão relaxados ficam com a face relaxada, orelhas para frente, pupilas em formato de amêndoa, cauda longe do corpo e com as patas e pernas relaxadas afastadas do corpo”, finaliza a veterinária Carolina do Carmo.

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