O uso de terapias integrativas na medicina veterinária está em ascensão no Brasil, refletindo uma mudança significativa nas práticas de cuidados de saúde para animais de estimação. Segundo dados recentes do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), mais de 30% dos veterinários brasileiros relataram utilizar algum tipo de terapia integrativa em suas práticas. Esse aumento no uso dessas abordagens é impulsionado pela crescente demanda por cuidados mais abrangentes e naturais, indicando uma tendência promissora na medicina veterinária brasileira.
Mariana Albiero Ferreira, professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, destaca a variedade de técnicas que compõem as terapias integrativas para pets, incluindo acupuntura, homeopatia, fitoterapia, quiropraxia, terapia com laser, entre outras. “Cada uma dessas abordagens possui seus próprios benefícios e pode ser utilizada de forma isolada ou em conjunto com tratamentos convencionais”, afirma.
Essas terapias oferecem uma série de benefícios para a saúde e bem-estar dos pets, conforme orienta a médica veterinária. Desde o alívio da dor proporcionado pela acupuntura, quiropraxia e terapia com laser, até a redução da inflamação através da fitoterapia e homeopatia, essas abordagens promovem conforto e alívio aos animais. “Além disso, fortalecem o sistema imunológico, melhoram a qualidade de vida de animais idosos ou com condições crônicas, e reduzem os efeitos colaterais de tratamentos convencionais. Com uma ênfase na prevenção de doenças, as terapias integrativas oferecem uma abordagem holística para a saúde animal, promovendo o bem-estar geral e proporcionando uma vida mais saudável aos pets”.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina Veterinária Holística (ABMVH) mostrou que aproximadamente 40% dos tutores de animais de estimação no país já recorreram a terapias integrativas para cuidar de seus pets.
Apesar dos benefícios das terapias integrativas para tratamentos dos pets, Mariana alerta que é importante considerar que, embora esses métodos possam complementar tratamentos convencionais, eles não devem substituir completamente a medicina veterinária tradicional em casos de emergência ou condições graves. Portanto, é essencial que os tutores consultem veterinários experientes e de confiança antes de optarem por qualquer tipo de terapia integrativa para seus animais de estimação.
Fonte: Faculdade Anhanguera, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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