Em resposta a infecções causadas por bactérias, vírus e outros patógenos, animais endotérmicos, como aves e mamíferos, aumentam sua temperatura corpórea por meio de alterações no centro de termorregulação presente no hipotálamo, que ocorrem sob estímulo de citocinas. Esse aumento de temperatura, também chamado de hipertermia, é um dos sinais que compõem o quadro de febre, uma síndrome que apresenta alto valor adaptativo. Isso porque, dentre muitas outras consequências, a febre aumenta a eficiência de ação do sistema imune, ao estimular tanto a resposta imunológica inata quanto a adaptativa, além de reduzir a taxa de crescimento do patógeno.
Porém, nem todos os animais são capazes de produzir esse tipo de febre. Os animais ectotérmicos, conhecidos popularmente como animais de “sangue frio”, não são capazes de manter uma temperatura corporal considerada ótima para a manutenção de seu metabolismo e, portanto, dependem de fontes externas de calor, as quais podem ser naturais, como o sol, ou artificiais, como lâmpadas e aquecedores, no caso de animais mantidos como pets. Dessa forma, animais pertencentes a esse grupo, como répteis, anfíbios e peixes, regulam a sua temperatura de maneira comportamental, buscando por regiões mais frias ou mais quentes, dependendo da sua necessidade.
Entretanto, embora não produzam a febre como ela ocorre nos animais endotérmicos, em que a modulação do centro termorregulador do hipotálamo gera aumento da temperatura corporal, os animais ectotérmicos apresentam a chamada febre comportamental. Esse fenômeno refere-se às situações nas quais há aumento da produção de citocinas, como em casos de infecção e inflamação, que agem sobre o centro termorregulador levando a uma mudança de comportamento. A partir disso, esses animais buscam por regiões mais quentes, com o objetivo de aumentar a sua temperatura corporal. Esse aumento também promove estímulo ao sistema imunológico, como ocorre em animais endotérmicos, sendo benéfico no combate a patógenos.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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