Você já deve ter dito ou ouvido por aí a expressão “Ah se os animais falassem”, já que a comunicação é uma peça-chave no nosso comportamento social, enquanto humanos, mas nem só de conversas verbais se faz a comunicação, então, eles também “falam”!
Essa interação entre os animais consiste na troca de informações entre um emissor (sinalizador) e um receptor, resultando em uma modificação no comportamento ou estado fisiológico do indivíduo que recebe uma mensagem.
O biólogo Cristiano de Azevedo aponta que os sistemas de comunicação podem ser divididos em quatro componentes inter-relacionados: sinal, motivação, significado e função. “Os sinais que representam a forma de comunicação são realizados por meio de vocalizações, expressões verbais, posturas ou movimentos do corpo, odores ou toque, e cada animal possui seu repertório de sinais. A motivação refere-se ao estado interno que dá origem ao sinal, como estados de medo, agressão, interesse social, alarme ou motivação, os quais são alguns dos muitos estados que motivam os indivíduos a se comunicar. O significado refere-se à interpretação do sinal pelo receptor, dependendo das experiências, história, experiência e relacionamento individual dos receptores dos sinais. Receptores de diferentes espécies podem interpretar um mesmo sinal de forma diferente. Dessa maneira, a função da comunicação é descrever sua vantagem evolutiva, enquanto as vocalizações e os outros aspectos relacionados aumentam a probabilidade de encontrar parceiros protegidos”.
Os animais utilizam diversos canais para se comunicar, incluindo sinais visuais, acústicos, táteis, químicos e até elétricos:
Visuais: Relacionam-se a ornamentos físicos, como plumagem colorida ou chifres, e comportamentos, como danças e exibições. Aves, por exemplo, utilizam padrões de coloração para restringir parceiros ou sinalizar território.
Acústicos: Sons específicos, como vocalizações, são comuns para demarcar território, atrair parceiros ou alertar sobre predadores. Aves, anfíbios e mamíferos apresentam sons variados, muitas vezes adaptados ao ambiente.
Táteis: O contato físico, como lambidas, toques e abraços, é comum em espécies sociais, convenientes para reforçar laços ou sinalizar seriamente, como acontece em primatas.
Químicos: Substâncias químicas, como feromônios, são amplamente utilizadas, especialmente por invertebrados e mamíferos, para atrair parceiros, identificar territórios ou alertar sobre perigos.
Elétricos: Algumas espécies de peixes, como guias, utilizam sinais elétricos para comunicação, tanto para orientação quanto para interações sociais.
Comunicação e sobrevivência
Ainda sobre o tema, Azevedo menciona que a eficiência na comunicação está diretamente ligada à sobrevivência e ao sucesso reprodutivo das espécies. “Um exemplo disso são as vocalizações de alerta em aves, que informam a presença de predadores, ou os sinais químicos de serpentes, que ajudam na localização de presas”, sugere.
Além disso, segundo ele, a comunicação pode ser específica para cada espécie e contexto, permitindo uma adaptação ao ambiente e às necessidades sociais. “Esse sistema de troca de informações reflete a evolução das espécies e mostra como o comportamento social está intimamente conectado ao ambiente em que os animais vivem”.
FAQ
Os animais se comunicam todos da mesma maneira?
A comunicação pode ser específica para cada espécie e contexto, permitindo uma adaptação ao ambiente e às necessidades sociais
Como é realizada a comunicação acústica entre os animais?
Sons específicos, como vocalizações, são comuns para demarcar território, atrair parceiros ou alertar sobre predadores.
É comum a comunicação por meio do toque entre animais?
O contato físico, como lambidas, toques e abraços, é comum em espécies sociais, convenientes para reforçar laços ou sinalizar seriamente, como acontece em primatas.
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