A diabetes mellitus (DM) é uma doença comum e importante na clínica de cães e gatos. Também vista na Medicina Humana, é uma patologia que requer acompanhamento e cuidados contínuos para garantir o seu controle.
Nos cães a prevalência da DM varia entre 0,2% e 1,2%. Já nos gatos é de 0,5 a 2,0%. Por mais que as variações de incidência dependam da população e das regiões estudadas, pesquisas sugerem que a doença é mais comum em gatos. O motivo que justifica isso é o crescimento da obesidade felina, principal fator de risco para Diabetes Mellitus nesta espécie (Ettinger; Côté; Feldman, 2024).
Com relação à predisposição racial, a médica-veterinária mestra em Fisiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e doutora em clínica médica pela FMVZ-USP, Márcia Marques Jericó, explica que nos cães as principais raças acometidas são australian terrier, schnauzer standard e miniatura, bichon frizé, spitz, fox terrier, poodle miniatura e toy, samoyeda, cairn terrier, maltês, lhasa apso e yorkshire terrier.
Segundo a doutora, nos gatos isso também é visto. Os felinos domésticos de pelo longo e curto (domestic long e shorthair), os birmaneses, maine coon e siameses são os que apresentam maior risco de desenvolver a doença. No entanto, é preciso lembrar que existem duas variações da diabetes mellitus, intituladas como tipos I e II.

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