Um grupo de pesquisadores espanhóis provou que os cães podem detectar osteossarcoma por meio do olfato. Tal poderá ser a base para o desenvolvimento de métodos de rastreio populacional não invasivos para a detecção precoce destes tumores.
Estudos anteriores já tinham demonstrado a capacidade dos cães para discriminar os compostos orgânicos voláteis específicos (COV) libertados pelos pacientes oncológicos. No entanto, este é o primeiro estudo para demonstrar a sua capacidade potencial de detectar sarcomas.
No estudo, publicado na Scientific Reports, o grupo de pesquisa sobre sarcomas e terapias experimentais do Instituto de Investigación Sanitaria del Principado de Asturias (ISPA) avaliou a capacidade de detecção de cães (n = 2) para detectar culturas de células osteossarcoma em amostras de pacientes.
Um dos dois cães foi treinado com sucesso para discriminar as células primárias de pacientes com osteossarcoma com as obtidas a partir de indivíduos saudáveis. Após o treino, o cão foi capaz de detectar sinais de odor específicos de osteossarcoma num painel diferente de seis linhas celulares com taxas de sensibilidade e especificidade entre 95 e 100%.
Além disso, o cão também detectou os mesmos COV em amostras de saliva de pacientes com osteossarcoma (n = 2) e os discriminou de amostras de indivíduos saudáveis com eficácia semelhante.
No geral, este estudo pretendeu fornecer uma prova de conceito sobre a existência de um odor específico do câncer em osteossarcoma que pode ser detectado de forma eficiente por cães de detecção treinados com linhas celulares deste tumor.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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