Um estudo realizado pela Human Animal Bond Research Institute (HABRI), que envolveu 16 mil tutores de cães e gatos e 1200 médicos-veterinários em oito países (Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Brasil, Japão, Espanha e China) espalhados por quatro continentes, revelou que, quanto maior é a relação humano-animal, maior é o número de visitas anuais ao veterinário.
O levantamento, segundo explicado em comunicado, revela, ainda, que 95% dos tutores consideram os seus animais como parte da família. Esta ligação, em 87% dos casos, trouxe benefícios físicos e/ou mentais ao tutor e 98% afirmaram ter tido, pelo menos, um benefício específico para a sua saúde proveniente dos seus animais, como o aumento da felicidade.
“Quando 95% dos tutores de animais de companhia em todo o mundo consideram o seu animal de companhia uma parte da sua família e 98% relataram que experimentaram pessoalmente benefícios para a saúde de ter um animal de companhia nas suas vidas, documentamos da forma mais abrangente possível que o vínculo humano-animal é universal entre países e culturas”, disse o presidente do conselho de administração da HABRI, Mike McFarland.
Outras conclusões
92% afirma não existir nenhuma razão que os convenceria a desistir dos seus animais;
90% considera ter uma relação próxima
86% pagaria o que fosse necessário no caso de o seu animal necessitar de cuidado veterinário extensivo
76% acha que faria mudanças grandes na vida pelo seu animal, se necessário
Para medir de forma mais precisa, os investigadores criaram a escala Human-Animal Bond Score (HABSCORE), que examina a relação humano-animal ao nível do apego, humanização, compromisso e integração.
A média global é de 57.9/70.0, com os investigadores a dividirem as respostas em três patamares – baixo (menos de 55), médio (55-62) e alto (63 ou mais).
Cuidado veterinário
Ao nível do cuidado veterinário, o estudo descobriu que quanto maior a ligação, maior o número de visitas anuais à clínica. Especificamente, a percentagem global de tutores que visita o médico-veterinário duas ou mais vezes por ano, por patamar, foi:
71% – patamar alto
62% – patamar médio
45% – patamar baixo
Os tutores no patamar alto são também mais propensos a relatar que fornecem cuidados preventivos ao seu animal de companhia, quando comparados com os do patamar baixo.
Entre os tutores de cães:
Prevenções de pulgas/carrapatos/vermes (76%, +10%)
Vacinação (78%, +12%)
Escovar os dentes (44%, +19%)
Rastreio de diagnóstico (26%, +14%)
Entre tutores de gatos:
Prevenções de pulgas/carrapatos/vermes (62%, +9%)
Vacinação (63%, +15%)
Escovar os dentes (22%, +13%)
Rastreio de diagnóstico (23%, +14%)
Os tutores que correspondem ao patamar alto consultaram, também, mais vezes um médico-veterinário para certos sintomas quando comparado com os do patamar baixo.
Já entre os veterinários, 89% acreditam que uma forte relação humano-animal aumenta o bem-estar dos animais de companhia e 95% consideram a ligação homem-animal como a razão motivadora para ingressarem na profissão.
Por fim, as descobertas também mostram uma clara correlação entre o conhecimento da ciência por trás do vínculo humano-animal e um maior desejo de proporcionar melhores cuidados aos animais de companhia.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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