Tosse improdutiva, além de cianose de língua, distrição respiratória, seja pela taquipneia, dispneia ou movimentos restritivos (respiração mais abdominal), ou ainda, outros sinais, como perda de peso e inapetência, podem ser indicação de que o cão esteja com quilotórax, que consiste no acúmulo de líquido de aspecto quiloso no espaço pleural. Não é uma condição comum em cães e gatos, segundo a médica-veterinária gerente Técnica do Grupo Pet Care, Sibele Konno.
Segundo ela, o quilotórax se forma por meio do extravasamento de quilo do ducto torácico, que pode ocorrer tanto pela sua ruptura quanto pela sua obstrução no trajeto para a veia cava cranial. “Quadros de torção de lobo pulmonar, traumas, doenças fúngicas, neoplasias, cardiopatias e trombos podem levar à formação do quilotórax. Também existe o quilotórax idiopático, onde não encontramos alterações em exames que justifiquem o quadro”.
De acordo com ela, a análise do líquido e exames de imagem são imprescindíveis para direcionar para a doença de base e excluir complicações. “Portanto, exames como hemograma, perfil bioquímico (incluindo colesterol, triglicérides e proteínas e frações), radiografia torácica, ecocardiograma e, até mesmo, tomografia de tórax são necessários. A análise do líquido, inclusive com análise de colesterol e triglicérides, é um dos primeiros e principal indício do quilotórax. O líquido de aspecto esbranquiçado, rico em nutrientes e leucócitos, chama a atenção e é a principal característica da doença”, explica.
O tratamento pode ser conservativo ou cirúrgico, segundo Sibele. “O conservativo é feito realizando a drenagem do líquido pleural e corrigindo ou tratando a causa base quando houver. O uso de nutracêuticos (rutina) – sem comprovação científica – pode ser feito, auxiliando na drenagem linfática. O uso de corticoides pode ser feito no sentido de diminuir a inflamação que o quilo pode causar na pleura. A dieta pobre em lipídeos também auxilia no tratamento”.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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