A chegada do inverno, período de baixas temperaturas, exige que tutores de pets redobrem os cuidados para manter a saúde e o bem-estar dos animais de companhia, principalmente quando a pauta é alimentação.
Em alerta, o médico-veterinário Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet, explica que existe uma forte tendência à transferência de hábitos dos tutores, o que pode ocasionar diversos problemas, como o sobrepeso e até mesmo obesidade, num curto espaço de tempo.
Por isso, se esclarece que os pets não necessariamente sentem mais fome no frio. O inverno brasileiro é ameno e as condições domésticas em que a maioria dos pets vive, são alguns dos fatores que tornam pouco provável que a temperatura interfira na necessidade de alimento para o funcionamento do organismo dos animais de estimação.
“Grande parte dos cães e gatos que têm lar vive em áreas internas, permanecem no conforto do lar aquecido, com camas, mantas e até roupinhas, e dificilmente saem na rua para exercícios intensos, o que contribui para que mantenham a temperatura corporal estável”, explica o profissional.
Ainda de acordo com ele, se a temperatura do pet se mantém estável com essas condições, isso significa que o organismo não está gastando mais energia para se manter aquecido. “Como não há aumento no gasto energético, não há motivo para repor energia com mais calorias, muito menos para que o animal sinta mais fome. Portanto, o tutor não deve oferecer alimento a mais”, afirma Flavio.
Dicas:
Neste cenário, além de evitar o excesso de alimentos, é importante que o cuidador mantenha uma rotina de alimentação com horários fixos. “Não deixe o alimento por mais de 15 minutos a cada refeição. Se o animal não comer, retire a vasilha”, pontua.
Referente aos petiscos, o profissional também relembra que os mesmos não substituem o alimento completo e balanceado e devem representar no máximo 10% das calorias diárias, indicadas para a idade e o porte do animal. “Não ceda a olhares, latidos ou miados insistentes à beira da mesa. Cada concessão reforça o comportamento indesejável e prejudicial, que nada mais é do que uma “chantagem” do pet”, complementa, ao reforçar que nunca se deve oferecer restos da alimentação humana.
Outro ponto importante, é educar crianças para que não compartilhem alimentos com cães e gatos. “Do mesmo modo, eduque o pet para que ele não roube comida”, finaliza.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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