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Clínica e Nutrição

Médico-veterinário explica como os tutores de gatos devem lidar com a gripe felina

Por Equipe Cães&Gatos
gripe felina
Por Equipe Cães&Gatos

Os gatos são animais de estimação amados por muitas pessoas justamente pela personalidade forte e fama de independentes. Mas o que muita gente não sabe é que esses animais estão suscetíveis a diversas doenças e uma delas é a gripe felina.

Segundo o professor do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Braz Cubas, Juan Justino de Araújo Neves, a doença costuma atingir o sistema respiratório dos gatos e está associada a enfermidades como rinotraqueíte viral felina (RVF) e infecções por calicivírus (CVF), que, juntas, causam a doença do complexo respiratório felino. “A gripe felina é causada por alguns microrganismos herpesvírus felino tipo I e também o calicivírus tipo I. Em alguns casos, outros vírus e bactérias também podem causar infecções secundárias”, explica o médico veterinário.

O professor ressalta que espirros frequentes, conjuntivite, depressão, anorexia, rinite, salivação e secreções nasais, são os sintomas mais comuns nos felinos, além disso, os animais podem apresentar febre de até 40,5°C.

“Os sintomas variam de cinco a dez dias em casos leves e até seis semanas em casos graves. A gravidade depende muito do nível da infecção, da cepa que está causando a doença e da capacidade do sistema imunológico combater os microrganismos, entre outros fatores. O recomendado é o tutor levar o animal até um médico veterinário de confiança logo nos primeiros sintomas para que se façam os exames necessários e inicie o tratamento, podendo assim evitar um agravamento do caso”, recomenda o docente da Braz Cubas.

E ao contrário do que muitos pensam, a gripe pode estar presente em qualquer época do ano. No inverno, entretanto, além das baixas temperaturas, as situações de estresse nos gatos fazem com que a eficiência do sistema imunológico diminua e os vírus acabam causando infecções mais facilmente.

A gripe não é transmissível para humanos e nem para os cães, apenas entre os gatos. A transmissão ocorre aerossóis e quaisquer partículas (fômites) contaminadas, e os locais com alta população de felinos possuem maior propensão a desenvolver a doença entre os animas. “A infecção pode atingir todos os felinos de todas as idades, principalmente jovens, idosos e animais com doenças autoimunes e quadros de imunossupressão, nos quais o sistema imunológico está em formação ou debilitado”, explica o professor.

Se não tratada e evoluir para um quadro mais grave, a gripe pode desenvolver estomatite, queratite ulcerativa, pneumonia e úlceras orais, além de infecções bacterianas secundarias, que podem causar ainda mais problemas nos gatos.

Espirros frequentes, conjuntivite, depressão, anorexia, rinite, salivação e secreções nasais, são os sintomas mais comuns (Foto: reprodução)

Prevenção e tratamento                            

Caso o animal de estimação seja diagnosticado com gripe felina, o tutor deve isolar o gato dos outros felinos. Os objetos utilizados pelo pet doente não devem ser compartilhados com os animais saudáveis que estão ao redor.

“Procurar o médico veterinário de confiança é importante para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos de forma correta, sem agravar a doença e estado de saúde dos gatos”, orienta o mentor.

Para prevenir a gripe nos felinos domésticos, evitando até que evolua para casos graves, o melhor caminho é a vacinação. Segundo Neves, há dois tipos de vacinas que devem ser administradas pelo médico veterinário de confiança do tutor. “Para o primeiro tipo, os filhotes devem receber uma dose a cada nove semanas e reforço com aproximadamente três semanas após a primeira dose; já nos adultos a aplicação deve ser anual. O segundo tipo é administrado em gatos mais sadios através da instilação nas vias nasais”.

Por fim, o especialista destaca: além da vacinação, higienizar o lar e os brinquedos dos felinos é de extrema importância para o controle e a prevenção da doença.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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