A primeira semana de agosto, entre os dias 01 e 07, é comemorada a Semana Mundial da Amamentação, por isso, não podemos deixar de destacar a importância desta fase da vida, também, para os pets. O aleitamento materno é extremamente importante para garantir a proteção e o desenvolvimento saudável dos filhotes de cães e gatos, pois, além de alimentar, é por meio do leite que recebem imunidade até que seu sistema de defesa esteja plenamente desenvolvido. O leite materno é o alimento mais completo e rico em nutrientes que atendem a demanda do filhote em crescimento.
As cadelas e gatas devem receber nutrição especial, desde a gestação até o fim do período de amamentação. “A lactação é considerada o maior desafio fisiológico que qualquer mamífero pode ter ao longo de sua vida, devido à alta demanda de nutrientes no período, que pode ser ainda maior em casos de grandes ninhadas. Por isso, é fundamental que elas recebam um alimento que atenda perfeitamente suas necessidades e, consequentemente, beneficie os filhotes”, destaca a médica-veterinária da Adimax e mestre em nutrição de cães e gatos, Mariana Fragoso.
Nesta fase da vida, a nutrição deve fornecer maior valor energético e níveis de proteína e gordura mais elevados. Mariana explica que os alimentos específicos para filhotes, por conta das necessidades desta fase de vida, são mais concentrados em nutrientes essenciais e fornecem mais energia do que as fórmulas para adultos. Por isso, são ótimas opções para ajudar as futuras mamães a manterem-se fortes e fornecerem todos os nutrientes para seus filhotes.
Para que o sistema digestivo das fêmeas gestantes se adapte, é importante realizar a troca gradual do alimento atual para um novo, logo após a gestação ser confirmada, conforme recomendado na embalagem. Além disso, o tutor deve fornecer a quantidade ideal para cada etapa da gestação e amamentação, que será diferente conforme a espécie: “Gatas necessitam iniciar o aumento de consumo de alimento logo no início da gestação, enquanto cadelas só devem começar a receber aumento na quantidade de alimento no terço final da gestação, e em ambos os casos deve ser mantida essa alimentação especial até o final da lactação. Para mais informações sobre quanto de alimento fornecer, o tutor deve consultar sempre o seu médico-veterinário de confiança”, orienta Mariana.
A veterinária dá, ainda, dicas importantes para os tutores cuidarem da rotina alimentar das mamães e seus filhotes:
- Deixar o alimento disponível à vontade para as cadelas ou gatas que estão em fase de amamentação, uma vez que elas estão com a atenção dedicada aos filhotes e, muitas vezes, acabam não comendo a quantidade ideal de uma única vez;
- Ainda que a orientação seja deixar o alimento à vontade, o controle da quantidade ingerida é importante. Uma maneira de acompanhar a ingestão é deixar o alimento exposto por 24 horas e, quando retirar as sobras, pesá-las. Assim, é possível saber se a mamãe está consumindo a quantidade ideal recomendada pelo médico-veterinário;
- A quantidade de alimento a ser oferecida, tanto para cadelas quanto para as gatas, varia de acordo com o tamanho da ninhada. Consulte um médico-veterinário para que ele faça o cálculo adequado de quantidade de alimento. Ele também irá acompanhar o peso e a condição corporal da fêmea no pós-parto e período de amamentação, pois, nestas fases, as fêmeas entram em balanço energético negativo e perdem peso, e este controle é importante para sua recuperação após o desmame;
- É imprescindível acompanhar o ganho de peso dos filhotes nas primeiras semanas de vida, para saber se eles estão se alimentando corretamente. Quando a ninhada é muito grande, é mais difícil saber se todos os filhotes mamaram. Por isso, uma dica é colocar alguma identificação, como uma fita, nos filhotinhos que já mamaram e cuidar para que aqueles sem identificação tenham acesso ao alimento;
- É recomendado que os filhotes mamem a cada três horas;
- O desmame dos filhotes deve ser feito de maneira gradual, podendo ser a partir dos 45 dias de vida dos cães, e a partir dos 60 dias de vida dos gatos. Muitas vezes, a própria mãe já vai desmando os filhotes, não os deixando mamar com a mesma frequência que no início da amamentação. É importante deixar água e comida disponíveis para os filhotes em desmame, para que eles se acostumem aos poucos com a mudança de textura do leite materno para o alimento seco ou úmido; a utilização de papinhas de desmame pode facilitar o processo de adaptação.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
LEIA TAMBÉM:
Pesquisa revela que Shih-tzu é a segunda raça de cães mais querida do Brasil
Agosto Verde: mês do combate à leishmaniose chama atenção para a prevenção da doença
Estudo mostra que tutores de cães gastam o dobro do que os de gatos por mês