A vacinação é uma parte essencial aos cuidados da saúde preventiva para qualquer ser humano, e com animais de estimação, não poderia ser diferente. As vacinas ajudam a prevenir uma variedade de doenças graves e potencialmente fatais, protegendo não apenas os nossos animais, mas também a comunidade como um todo, ao reduzir a disseminação de doenças contagiosas.
A médica-veterinária clínica geral de Cães e Gatos no Veros Hospital Veterinário, Camila Sanches, listou a importância de manter o cartão de vacinação dos pets atualizado, esclarece que além de proteger a saúde dos bichinhos de estimação, o tutor evita também a propagação de doenças.
Proteção contra doenças: As vacinas ajudam a proteger a vida dos animais contra uma variedade de doenças graves e potencialmente fatais, como raiva, cinomose, parvovirose (em cães), rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia (em gatos), além de outras. Manter as vacinações em dia ajuda a garantir uma melhor qualidade de vida;
Prevenção da propagação de doenças: Manter os pets vacinados não só os protege, mas também ajuda a prevenir a propagação de doenças entre os animais e seres humanos. Algumas doenças, como a raiva, podem ser transmitidas de um para o outro, o que torna a vacinação dos bichinhos de estimação uma questão de saúde pública;
Requisito legal para viagens: Em muitos lugares, a vacinação contra a raiva é obrigatória por lei para todos os animais de estimação. Além disso, para viajar, muitas cidades, estados e mais ainda, para outros países exigem que os animais tenham um certificado de vacinação atualizado, especialmente para a raiva;
Acesso a serviços e instalações: Em algumas situações, como ao hospedar o pet em um hotel ou ao inscrever um animal em creches, para animais de estimação, pode ser exigido um comprovante de vacinação atualizado como requisito para estes serviços;
Monitoramento da saúde: Manter um registro atualizado das vacinações dos animais de estimação é útil e a médica veterinária explica. “Para nós veterinários é de extrema importância, por meio do cartão de vacinação é que acompanhamos o histórico de saúde do animal e garantir que ele esteja recebendo a proteção adequada”, completa Camila.
Outra dica trazida pela profissional, é a importância de seguir o calendário de vacinação recomendado pelo veterinário do seu animal de estimação, que levará em consideração fatores como a idade, o estilo de vida e o risco de exposição a determinadas doenças. Além disso, manter registros precisos das vacinações é fundamental para garantir que seu pet esteja sempre protegido e atualizado em suas imunizações.
Quais vacinas estão disponíveis para pets?
As vacinas disponíveis no Brasil hoje são:
Para cães: Múltipla (Puppy, V7, V8 e V10), para leptospirose isolada, raiva, gripe canina, leishmaniose, giardíase, microsporum canis
Para gatos: Múltipla (V4 e V5)
O calendário irá depender da região em que o pet vive, ou seja, da ocorrência de doenças endêmicas regionais e do seu estilo de vida.
Quais são as principais precauções ao vacinar os pets?
Idade
A partir dos 45 dias de vida os pets já podem realizar sua primovacinação com a vacina múltipla. Porém, o ideal é que seja realizada a partir de 60 dias.
Os reforços acontecem a depender da vacina. A vacina múltipla, por exemplo, deve ter seus reforços dados a cada 3 semanas, com a última dose ocorrendo apenas quando o pet estiver com mais de 16 semanas de vida. Um novo reforço de múltipla deve ocorrer com no máximo 1 ano de idade e, depois, anualmente.
A vacina antirrábica pode ser dada a partir do 4º mês de vida, idealmente, em dose única e depois anualmente.
Importante: Atualmente, a partir de 2 anos de idade, recomenda-se a realização de sorologia vacinal para as 3 principais viroses em cães: cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa. Para que assim, seja possível validar a necessidade ou não do reforço anual da vacina múltipla (V7, V8 ou V10).
Para os pacientes que tiverem anticorpos suficientes, recomenda-se a não realização da vacina a depender do grau de sua exposição aos vírus em questão.
Saúde
É necessário que o paciente esteja saudável para que ocorra boa produção de anticorpos em resposta à vacina e que não ocorra reversão de virulência.
Pacientes em tratamento contínuo, a depender da medicação, e pets que possuem doenças que possam ser agravadas pela vacina, não podem ser vacinados.
Porém, a principal preocupação é contar sempre com a avaliação do médico veterinário antes da aplicação da vacina.
Fonte: Veros Hospital Veterinário, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
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