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Clínica e Nutrição

Oncologia veterinária também demanda empatia com tutores

Acolhimento durante momento delicado demonstra solidariedade ao diagnóstico
Por Equipe Cães&Gatos
câncer pets
Por Equipe Cães&Gatos

Atualmente, o câncer já é considerado a principal causa de óbito em cães e gatos. A boa notícia é que nos últimos 10 anos, com a evolução dos exames mais complexos na Medicina Veterinária, foi possível realizar diagnósticos mais precoces, viabilizando melhores resultados no tratamento, além de melhora na qualidade de vida desses pacientes.

Os tumores mais frequentes nos pets, de forma geral, são os de mama, pele (cutâneo) e os hematopoiéticos (linfomas e leucemias), mas há algumas diferenças entre as espécies. Nos felinos, o mais frequente é o linfoma na sua forma de apresentação gastrointestinal, o tumor de mamas (principalmente em fêmeas não castradas) e o tumor de células escamosas – que acomete a pele e, muitas vezes, se assemelha a feridas que “não cicatrizam”, já nos cães, o mais comum é o de mama (principalmente em cadelas não castradas precocemente), os linfomas (na sua forma de apresentação multicêntrica) e as neoplasias cutâneas (como, por exemplo, o mastocitoma). 

Pacientes necessitam de cuidados coadjuvantes com o suporte de outras especialidades (Foto: divulgação)

Mas e os tutores? É de extrema importância os médicos acolherem os tutores neste momento delicado de diagnóstico e passar segurança. O uso correto das palavras, a entonação utilizada, demonstram empatia, carinho e solidariedade com aquela família frente àquele diagnóstico. Acompanhamento agendado, envio de fotos e vídeos do pet durante o tratamento, todo o carinho e empatia com os tutores neste momento de tratamento. 

“Além do compromisso total com a qualidade técnica do procedimento, nós estamos aqui para honrar a relação de amor que há entre pet e tutor. Quanto mais o tutor estiver confortável com o procedimento, melhor o seu pet reagirá. Acreditamos nessa conexão. Por isso, temos como mantra a ampla comunicação e transparência com o tutor em todas as etapas do tratamento”, explica a Dra. Gislaine Souza, médica-veterinária especialista em oncologia do Grupo WeVets, que já realizou centenas de atendimentos a pets com câncer.

Pacientes oncológicos, frequentemente, necessitam de cuidados coadjuvantes com suporte de demais especialidades, como: cardiologista, nutricionistas, além da internação, unidade de terapia intensiva e exames de imagem. “O tratamento oncológico que provemos é espelhado nas melhores práticas da saúde humana, onde o paciente geralmente recebe o encaminhamento de algum outro profissional que identificou a neoplasia mas precisa de ajuda para tratar, geralmente envolvendo cirurgias e, nos casos mais graves, uma posterior quimioterapia ou eletroquimioterapia”, diz Gisele. 

O câncer é uma doença multifatorial e diversas causas externas podem estar relacionadas ao seu aparecimento nos pets, além das causas genéticas. Por isso, vale algumas orientações: evitar o sobrepeso e a obesidade nos animais, a castração precoce pode prevenir o desenvolvimento dos tumores de mama, uma alimentação equilibrada e a prevenção da inflamação sistêmica crônica por diferentes causas.

O tutor deve observar possíveis indicativos de que algo pode estar errado e procurar o veterinário quando notar: mudanças de comportamento; perda de peso (emagrecimento); perda de apetite; dificuldades para urinar; tosse; vômitos; diarréia; lesões em boca e na pele que não cicatrizam.

Prevenir é o melhor remédio. A máxima serve também para os pets, exames de check-up frequentes são os melhores e maiores aliados para um diagnóstico em fase inicial. Exames clínicos, laboratoriais, ultrassom abdominal, radiografias torácicas, tomografias são exames que sempre mostram se há algo errado com o pet. 

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.

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