O abandono é pauta que deve sempre estar em destaque quando se fala sobre animais de companhia. Ação ocorre, em grande parte das vezes, durante o período de mudanças residenciais, como destaca a Confraria dos Miados e Latidos – ONG de proteção animal que desde 2007 atua em São Paulo e Nova Friburgo.
Ao que se refere aos gatos, muitos acreditam, equivocadamente, que esses animais são apegados ao local e não aos tutores, o que causa grandes danos aos felinos e outros animais domiciliados no Brasil. “Em parte, graças a esse tipo de noção, há pessoas que se sentem confortáveis em mudar de casa e deixar seus animais para trás, sob um teto mas sem qualquer tipo de assistência”, destaca a ONG.
Segundo a Confraria dos Miados e Latidos, um gato, depois de domiciliado, não tem capacidade e condições para viver nas ruas, onde deve disputar território, comida e encontrar abrigo. Para a presidente da ONG, Tatiana Sales, o abandono afeta diretamente a estimativa de vida dos
“Eles não sabem mais como sobreviver e sua estimativa de vida, a partir do abandono, cai para três meses em média. Se não forem acolhidos rapidamente, o destino de todos é o mesmo: um fim de vida solitário e sofrido após o abandono”, destaca a profissional.
O abandono além do estereótipo
Como também destaca a ONG, parte da população acredita que abandono é, estritamente, quando um animal é levado e largado em local desconhecido, como estradas, petshops e terrenos. No entanto, como afirma a advogada e ativista de direito dos animais, Andressa Borelli, bem diferente, como diz a lei.
“Deixar um animal por conta própria em um local, ainda que conhecido, mas sem qualquer tipo de assistência também caracteriza abandono e é crime federal – sujeito a detenção de até cinco anos (Lei nº 14.064/20)”, explica a advogada.
Vale ressaltar que, além de atuar no acolhimento de gatos neste tipo de situação, a Confraria trabalha promovendo conteúdo para conscientizar a população sobre a existência de casos assim e lembrar que os animais sofrem severos traumas quando expostos a tais circunstâncias.
O processo da ONG para a adoção de animais envolve, além do termo de responsabilidade legal, uma série de procedimentos para identificar se o candidato a adotante seria capaz de abandar o animal, ou se a adoção é planejada e a família está disposta a levar o gato em possíveis mudanças futuras.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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