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Pets e Curiosidades

Período médio de luto é superior a um ano em casos de eutanásia de pets

Mulheres e tutores com problemas de vida recentes foram destacadas como as que mais sofrem com a partida de um animal
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

De acordo com o livro “Clinician’s Guide to Treating Animal Companion Issues: Addressing Human-Animal Interaction” (em português: Guia do Clínico para Tratar Questões dos Companheiros Animais: Abordando a Interação Humano-Animal), os tutores que decidiram pela eutanásia de seus animais de companhia relataram um período médio de luto superior a um ano. Este período é considerado o mais “intenso” durante a experiência de perda de um animal.

Para entenderem mais sobre o luto prolongado após a perda de um animal de companhia, os investigadores analisaram dados históricos, referentes a 1992, de tutores que ligaram para uma linha direta de apoio à perda de animais de companhia e concluíram que, todos os que haviam optado pela eutanásia para o seu cão ou gato tinham, maioritariamente, sofrido um “luto severo”.

Os investigadores também concluíram que “fornecer cuidados diários de enfermagem para o animal de companhia, aumentou o risco de luto prolongado”, no entanto, os tutores com maior taxa de escolaridade são, geralmente, os que têm maior probabilidade de recuperação total mais rápida.

De acordo com o livro, “quando os animais de companhia estão envelhecendo ou sofrendo de uma doença terminal, os tutores podem ser orientados na preparação para a morte, diminuindo o impacto da perda. A decisão pela eutanásia pode gerar menos culpa se a pessoa fornecer ao animal cuidados veterinários adequados e oferecer cuidados de saúde de apoio”.

Quando um animal de companhia morre, algumas pessoas sofrem de luto prolongado que é ampliado por serem desautorizados ou pouco reconhecidos (Foto: reprodução)

No entanto, os investigadores também perceberam que, após a morte do animal, e apesar dos esforços dos tutores para lidar com a dor, alguns experienciam vínculos contínuos com o animal de companhia e sofrem a longo prazo. O livro sugere um aconselhamento especial e direcionado para estas situações.

“Quando um animal de companhia morre, algumas pessoas sofrem de luto prolongado que é ampliado por serem desautorizados ou pouco reconhecidos”, avança o livro.

A identificação de alguns fatores de risco e de situações vulneráveis, pode auxiliar os profissionais de veterinária a se anteciparem a reconhecer tutores com risco elevado de luto severo e prolongado e a oferecerem um bom suporte. Mulheres, pessoas socialmente isoladas e altamente ligadas ao animal e tutores com problemas de vida recentes, foram destacadas como, possivelmente, sofrerem mais com a partida de um pet.

Segundo os investigadores do livro, os profissionais de saúde que trabalham no apoio aos tutores e que lidam com o estresse secundário de trabalhar com o luto pela perda de um animal de companhia, devem de ser tidos em conta e, para isso, o livro sugere que os tutores implementem técnicas de autocuidado para minimizarem o impacto sobre os profissionais de saúde.

Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães e Gatos. 

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